Olá, mes amis, tudo bens?
É verdade, assisti a O Incrível Hulk, nova tentativa da Marvel de ver uma de suas crias fazer sucesso nos cinemas. Pô, e já começa muitíssimo bem, com a escolha do ator para viver o Dr. Robert Bruce Banner: Edward Norton, de A Outra História Americana, Cartas na Mesa, Clube da Luta e Tenha Fé (nesse último, Norton estrelou e dirigiu), entre muitas outras produções em que ele sempre brilhou.
Para viver o grande amor de sua vida, Dra. Betty Ross, Liv Tyler, musa de todos os filmes em que atuou – e de quem falo mais, logo abaixo. O grande elenco é ainda completado com o excelente Willian Hurt, de Corpos Ardentes (numas cenas pra lá de quentes com Kathleen Turner, quando esta ainda era gostosa) e Tim Roth, que fez nada menos que o filme pra macho dos anos 1990: Cães de Aluguel, de Quentin Tarantino.
Já o diretor… Louis Leterrier dirigira o divertido Carga Explosiva e conseguiu fazer de Jason Sthatan um astro dos filmes de ação. Mas além disso, nada.
Em O Incrível Hulk ele não consegue nem mesmo fazer um filme divertido, transformando o bom elenco em canastrões de marca maior. Acho que essa é a pior interpretação de Norton em toda a sua promissora carreira. Aliás, ele sempre fora conhecido como o bom ator independente que nunca se vendeu ao esquemão hollywoodiano, ao lado de Matt Damon. Quando o cara finalmente encara um grande filme com grande orçamento, pega um péssimo diretor pela frente.
É bem verdade que o roteiro não ajuda em nada e até as tentativas de fazer comédia, se perdem devido ao fraco desempenho do filme.
Ainda fico com o Hulk de 2003, dirigido por Ang Lee, com Eric Bana, como Banner e Jennifer Connelly, como Betty Ross. Tudo bem, Lee caprichou no drama, mas ele usou tão bem os elementos (o próprio drama, comédia, ação, e a tela separada em ‘quadros’, lembrando uma HQ) que até hoje eu ainda me pergunto o que poderia ter dado errado com a produção. Todos aqueles elementos de Stan Lee, e as importantes contribuições de Peter David ao longo dos anos em que foi roteirista do gigante verde, estavam evidentes na tela. Já com essa versão de 2008, tudo ficou na ação. E pior… parece que o filme foi feito para inserirem pistas do vindouro filme do Capitão América. E só.
O final é esquisito (o Banner não queria se livrar do Hulk o tempo todo?) e a briga entre os dois ‘monstros’ é tão ruim que dá sono. No máximo, a gente fica procurando o controle porque parece que estamos frente a um enorme video game.
E o que se salva? Ahhh, Liv Tyler… essa deusa salva o filme do escracho. Liv Tyler, com seu rosto perfeito, suas curvas perfeitas, pernas maravilhosas e que consegue arrancar sentimento até do Monte Everest. Resumindo: se a produção de O Incrível Hulk acertou em algum lugar, foi na escolha de Liv Tyler porque essa sim é um monstro; monstro da mais pura beleza!
Ah, sim, tem o Robert Downey Jr, numa ponta como Tony Stark que também é legal.
Vamos esperar por Homem de Ferro 2, Thor, Homem-Aranha 4 e 5, Wolverine e quem mais vier. Sinceramente começo a perder as esperanças com filmes adaptados dos quadrinhos.
Li no Omelete esses tempos um comentário de James Marsden sobre o porquê de Superman – O Retorno, ter naufragado nas bilheterias, ao contrário do Batman – O Cavaleiro das Trevas. Ele disse que é porque o público hoje prefere personagens sombrios a puros e que achou o filme do kriptoniano perfeito. Ridículo! Superman – O Retorno, só foi mal nas bilheterias justamente porque é um filme ruim, independente de ser sombrio ou não. Tenho absoluta certeza de que Mark Millar, Brian Bendis, David S Goyer têm capacidade suficiente para escrever um excelente (e leve) roteiro para um filme do homem de aço. O que falta aos produtores é coragem para procurar por uma boa equipe.
Bom, chega! Até a próxima.
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