Talvez você não saiba, mas O Exterminador do Futuro: Gênesis foi um sucesso comercial. Com um orçamento de 155 milhões de dólares, o filme que reconta a história de Sarah e seu filho, John Connor, rendeu 440 milhões nas bilheterias em todo o mundo.
Sim, o filme não foi aquela Coca-Cola toda e a ideia de metamorfosear o salvador da humanidade como também o vilão do filme – entregue já no trailer – não foi das melhores.
Quando perguntada se voltaria para uma sequência, a intérprete de Sarah Connor, Emilia Clarke, respondeu que não, pois os produtores haviam trucidado o diretor e ela não queria nunca mais fazer parte daquilo.
Disse que a situação foi tão complicada que o assunto chegou nos bastidores do também destruído Quarteto Fantástico, de Josh Trank, e a equipe de produção de lá estava aliviada por não fazer parte do trabalho em O Exterminador.
O diretor em questão foi quem a indicou para o papel, pois eles haviam trabalhado juntos em Games Of Thrones: Alan Taylor.
"Eu tinha perdido a vontade de fazer filmes. Perdi a vontade de viver como diretor", disse Taylor ao The Hollywood Reporter. "Eu não estou culpando a ninguém por isso. O processo não foi bom para mim. Então eu saí dele tendo que redescobrir a alegria do cinema."
De fato, a vida não deu refresco ao diretor; sua estreia nos cinemas foi Thor: Mundo Sombrio, cuja primeira opção para a direção foi Patty Jenkins, de Mulher-Maravilha.
Foi Natalie Portman quem levou Jenkins à Marvel, pois queria duas coisas: trabalhar com ela e abrir as portas dos blockbusters às mulheres. Quando Jenkins foi demitida, a estrela perdeu as estribeiras e considerou abandonar o barco também; só não o fez por questões de contrato. Perceba que ela não voltou para o terceiro filme do filho de Odin.
Imagine o abacaxi que Taylor teria que descascar em sua gestão de pessoas com a oscarizada atriz. Além disso, ele chegava com um prazo mais apertado que a antecessora, que, segundo fontes disseram ao Hollywood Repórter, foi demitida por não se empenhar em direção ao desenvolvimento do filme, pois o deadline estaria batendo à porta. Por outro lado, outras pessoas confirmaram que, enquanto ela estava por lá, sequer havia um roteiro pronto. Mais: em sua entrevista, Jenkins nem imaginou que seria contratada, pois tinha uma visão bastante particular para o filme.
Esse processo continuou com Taylor, que queria inserir uma “qualidade um pouco mais mágica à trama”, mas isso acabou no chão da sala de edição. E isso, segundo o próprio, acabou causando erros na trama: "Acho que gostaria da minha versão", disse.
Já em seu segundo longa, a oportunidade de trabalhar com um dos maiores astros de ação da história do cinema, pesou. E, além de Arnold Schwarzenegger, ainda havia todo o apreço por uma franquia amada no mundo todo.
Numa certa inocência, Alan Taylor acreditou que poderia chegar lá e consertar as coisas que não funcionavam no roteiro, por exemplo. Mas, não deu certo.
Taylor acabou voltando para a série do trono de ferro da HBO e chegou a perder o prazer de dirigir.
Aos poucos, a vida parece voltar ao normal.
Confesso que gosto mais de Thor: Mundo Sombrio do que o anterior, que parecia ter uma melhor qualidade gráfica, o elenco parecia engessado. Em Mundo Sombrio, a impressão é o contrário.
Agora, quem abraçou os filmes do Thor foi Taika Waititi e a franquia do Exterminador voltou para seu criador, James Cameron.
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