Sabem, quem é roteirista enfrenta muitos obstáculos para fazer seus enredos se tornarem HQs.
Muitos desenhistas são convidados, o projeto nasce, morre, renasce, morre de novo, ressuscita mais uma vez, torna a ir pra vala, acorda novamente, é pulverizado e renasce das cinzas como fênix.
Isso pode acontecer um sem-número de vezes.
E é preciso ser perseverante.
Às vezes não dá. Às vezes você desiste. Joga a história na gaveta e volta à vida normal. Mas às vezes, aquelas vezes especiais, que você já não espera nada daquilo tudo, chega um camarada com quem você não conversa há tempos e se torna a sua esperança encarnada.
Estou falando de Paulo Sbragi.
Conheci o trabalho de Paulo quando ele desenhava as aventuras de Crânio, para o amigo, Francinildo Sena – vencedor do prêmio Bigorna de melhor roteirista há uns dois anos.
De cara, já gostei de seu trabalho, um traço diferenciado, uma arte que parecia fluir com facilidade de seus dedos. Entrei então em contato com ele e o convidei para desenhar uma HQ pra mim. Ele aceitou. E desenhou o epílogo de Revolução, que fora publicada na edição 2 de Val, lançada em 2008 – e muito em breve disponibilizarei novamente, desta vez no formato virtual e com algumas novidades.
De lá pra cá, conversamos bem pouco. Seguimos nossos caminhos. Paulo me disse que estava refinando o traço, melhorando onde precisava.
Bem, acabamos por nos reencontrarmos na internet. E com isso, discutimos algumas coisas interessantes sobre HQs. E dessa conversa, uma nova parceria se firmou.
E hoje, ao abrir minha caixa de emails, vejo esses sketches de personagens. Fantástico é o que eu posso dizer.
Sobre a história, ela se chama Alex Starkey. Falo mais sobre ela muito em breve. Guardarei um pouco para não estragar as surpresas.
Tudo o que posso dizer para finalizar é que fico muito feliz e grato ao ver mais um projeto ganhar vida. E ter um artista do calibre de Paulo Sbragi é uma dádiva.
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