Cheguei ao show do Oasis cover [??] já meio cansado após uma sexta-feira cheia. Estávamos lá, meu camarada Borges, e eu. Pegamos uma cerveja cada e fomos em busca de uma mesa, à qual não encontramos. Porém, perto do palco, ao qual a banda já tocava, avistei um banco. Perguntei à garota ao lado se havia alguém sentado ali. Ela disse que sim, que era sua amiga e me sugeriu pegar o outro banco, perto de uma outra moça. Eu disse a ela que não, porque vi que havia um casal sentado ali. Retornei e mal pude acreditar quando avistei a amiga dessa garota chegando [ou voltando, entenda como você quiser]. Ela fantasticamente se sentou e ambas voltaram a curtir o show e tomar suas vodcas. Entra música, sai música, e eis que essa maravilhosa amiga levantou-se novamente e saiu. Mais rápido que um raio, lá estava eu tentando fazer amizade com a garota que me negou um banco, mas por uma causa nobre. E, de sopetão, mandei: – Sua amiga é linda! Ela se virou pra mim e disse: – Você não quis pegar o banco ali ao lado porque tinha um casal sentado, certo? – Certo. – eu disse. – Então! Aqui também é um casal. Cinco segundos depois e eu ainda estava coçando o queixo e pensando a respeito. Voltei pra onde estava e relatei o fato ao Borges, que estava de olho numa loirinha no meio de seis caras. Seis. Mas eu não me dei por vencido. Fui lá e entreguei meu cartão à garota. E disse: – Olha, eu achei a sua \”amiga\” linda, achei você linda e não quero estragar esquema de ninguém. Mas, aqui está o meu cartão e eu gostaria que você me ligasse quando quisesse um terceiro elemento nesse relacionamento. Não importa o dia ou a hora. Eu estarei lá! Até ontem ela ainda não tinha ligado.
Já o Borges está tentando me convencer a ir em shows sertanejos porque a concorrência será menor. Mas sertanejo é de embrulhar o estômago.
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