Olá, pessoal! Tudo bem?
Tou de volta para mais. Pois é, estava eu pensando que nunca divulguei muito o que estou fazendo e sempre que anuncio algo, o material já está quase pronto e aí o que resta é encher o saco para que vocês adquiram as revistas, heh!
Bom, algumas coisas interessantes aconteceram esse ano comigo. Ando resgatando personagens esquecidos enquanto tento criar coisas novas. Outro ponto interessante é a falta de pressa que ando tendo com as histórias.
Nesse momento estou escrevendo um faroeste. Sim, o primeiro em toda a minha vida. Estou gostando muito porque, primeiro, é um puta desafio escrever algo sobre o que aconteceu há quase 200 anos num outro país, cuja cultura massiva está aí a cada esquina, mas os pequenos detalhes, as minúcias do cotidiano norte-americano já não nos aparece assim tão facilmente. Lembro-me que logo após o sucesso de Cidade de Deus, Fernando Meirelles recebeu vários convites para dirigir filmes em todas as partes do mundo. Lhe fora ofertado o novo 007 – que se tornou Cassino Royale nas mão de Martin Campbell que por sua vez já havia dirigido um filme de James Bond, 007 Contra Gondeneye. Também caiu em seu colo os roteiros de um filme sobre o velho oeste com Brad Pitt. Fernando Meirelles explicou porque não aceitou nenhum deles. Sobre o primeiro, ele ponderou por duas horas antes de recusar. Quanto ao segundo, disse que não se interessava porque não sabia no que poderia acrescentar à história americana, no início do século passado; não seria o cara certo. Esse é o grande ponto: ser a pessoa certa para o trabalho! Bom, Sergio Leone foi o cara certo para o bangue-bangue, criando grandes épicos do faroeste americano, residindo… na Itália. Ensinou Clint Eastwood a dirigir, dizem por aí. Mas o fato é que é bem difícil criar uma história boa e caracterizá-la da forma correta para não ser apenas “mais uma história de faroeste”. Vamos ver no que dá. Não tenho a idéia exata, mas acho que já estou nessa de escrever esse roteiro desde 2006. Está saindo, o enredo já fora definido, assim como os personagens.
Ah, sim… o segundo motivo porque estou gostando desse desafio é que meu parceiro é um cara fantástico que também curte um bangue-bangue: Denis Pacher! Já disse nesse blog recentemente que Denis e eu temos umas cinco histórias em conjunto e acredito que esse faroeste seja uma das maiores. Mas já estamos com outras na esteira e essa é a grande questão do título do post.
Enquanto penso no faroeste e faço pesquisas e tal, eis que outras idéias me vêm à mente. Temos outra história (que também já divulguei por aqui) chamada S E T U P L U S e também estou escrevendo. As primeiras 22 páginas já estão prontas. Mas são 22 de quantas? Não tenho a menor idéia! Assim como não tenho idéia de quando ou quantas páginas serão precisas para finalizar o faroeste. Estou apenas escrevendo. Obviamente não serão livros e sim quadrinhos. Mesmo assim, acredito que o faroeste será um pouco maior. Mas vamos ver.
E aí vem uma terceira história chamada AUDAZ. Audaz é um personagem antigo, bem antes de Val aparecer como meu principal personagem. O criei lá por 1995 para participar de uma superequipe. Outros caras envolvidos na época eram Anderson Cossa e Jackson Silva (o autor da ilustra abaixo, onde aparecem Audaz e sua namorada, Suprema). A idéia era criar uma equipe bem grande – estilo Vingadores – para Audaz e outros participarem. Ah, sim, outro ilustre membro da equipe era ninguém menos que RUI, o protetor cósmico. Tempos depois, tudo acabou mudando, e Rui já não estava mais. Era 1999 e eu queria criar uma história bacana sobre super-heróis mas com um pé na realidade. Minha idéia era que ao final da série (12 partes, era a projeção) Audaz morreria. Seria um mártir numa trama que não posso contar porque ainda está ligada e bem viva! Nos anos seguintes, Anderson, Jackson e eu, juntamente com outro bom amigo, Juliano Botti, voltamos a trabalhar com Audaz e cia. Acabamos criando uma boa trama, mas a coisa não prosseguiu. Paramos novamente. Na época do selo Graphic Talents, antes de produzirmos Os F.E.D.E.R.A.L. o início dessa saga voltou à baila, como se criássemos um oneshot sobre o início de tudo e se desse certo, poderíamos criar toda a saga, mas não mais como uma minissérie e sim como título regular. Não rolou!
Tempos depois, já em 2004, estava eu negociando com o pessoal da Brado Retumbante um espaço para mim na revista e a primeira idéia que me veio foi uma série com o Audaz. Mas não mais numa equipe, seria ele em aventura solo. Bolei a saga e fui atrás de desenhistas. Posso dizer que muita gente fera se envolveu com essa série. André & Adriano , do FX Studios, que antes haviam desenhado Fighter Dolls e de quem sou fã inveterado; Felipe Watanabe que chegou até a fazer uma capa
para a primeira edição, além de recriar o visual tanto do personagem quanto dos coadjuvantes. Mas Audaz acabou voltando pra gaveta até porque minha incursão na Brado também não aconteceu, apesar dos esforços de Leonardo Santana em me ver por lá.
Então, agora acho que chegou a hora!! Audaz está de volta! Não sei onde ele será publicado, talvez até mesmo fique por aqui na seção 200 QUADRINHOS ou saia em versão PDF, mas ele voltará. Tenho um desenhista ideal pra isso e acredito que ele topará. Vamos ver.
Mês que vem, chega OGIVA, revista mix indie, em formato PDF. A idealização e produção dessa revista também poderia render um post, tamanhas foram suas idas e vindas. Mas agora sairá! Quando agosto chegar, teremos novas histórias para contar e mostrar aos leitores. Aguardem!
E pra fechar, provavelmente em outubro, teremos VAL # 3, com muita gente boa colaborando. Posso garantir as presenças de Denis Pacher, Gerson Witte, Orlando Maro, Vinicius Visentini, Eliel D’Oliveira e muitos outros. Vamos ver no que dá! E essa ilustra ao lado é do excepcional e grande amigo, Alex Genaro. Fantástico é pouco!!
Abraços!!
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