
Lucas Hood foi contratado para ser o novo Xerife de uma pequena cidade da Pensilvânia, chamada Banshee.
O jovem prefeito Dan Kendall e o semiaposentado atual Xerife decidiram contratar um substituto para o segundo, de outra cidade, porque eles acreditavam que alguém de fora, sem as raízes com Banshee e seus cidadãos, poderia ter a autonomia necessária para fazer valer a justiça de forma legítima.
Eles temem um homem: Kai Proctor.
Proctor é o legítimo dono da cidade. Tem a todos no bolso e faz o que bem entende. Sabe que todos o temem.
E todos fazem o que ele quer.
E, no passado, Proctor teve um desentendimento com o pai do prefeito e isso custou a vida do homem. Ou seja, virou guerra.
Voltando a Lucas Hood…
Ele chega a Banshee já no final da tarde e para para jantar no estabelecimento de Sugar Bates, um pugilista aposentado que decidiu terminar a vida com um bar que pode ser visto como restaurante – depende da sua fome e disposição.
Para azar geral, três homens decidem invadir o estabelecimento de Sugar e assaltá-lo. O local estava praticamente às moscas, com o Xerife, o próprio Sugar e um forasteiro que chegou para encher a cara.
Hood enquadra os assaltantes e está disposto a começar a trabalhar mesmo antes de ser efetivado no cargo.
Infelizmente, ele é morto no tiroteio.
Mas, como pode? Você pergunta. Lucas Hood não é o astro do seriado? Bom, é. Mas não esse Lucas Hood.

O forasteiro, que chegou disposto a encher a cara: ele se mete no tiroteio e consegue salvar a vida de Sugar.
Voltando um pouco mais, esse forasteiro acabara de sair da prisão, onde ficou por longos quinze anos. Ele havia roubado dez milhões de dólares em diamantes junto com a namorada. E para salvá-la, ele se deixou ser preso e ela fugiu.
Quando saiu da prisão, ele tinha duas coisas em mente: a garota e os diamantes. E o que ele faz? Parte à procura dela.
Mas ela não é uma garota normal. Ela é Anastácia, filha do mafioso ucraniano conhecido como Mr. Rabbit.
Anastácia foge para Banshee com uma nova identidade, Carrie Palmer, e por lá fica. O detalhe: agora ela está casada e tem dois filhos.
Deva, de 15 anos[!] e Max, de aproximadamente 10.

Anastácia e seu ex-amante ficam frente a frente.
Ele a quer, mas ela diz que não o quer mais. Que está casada, feliz e que ele desapareça da vida dela. Então, ele quer ao menos os diamentes. Ela diz que não os têm mais.
O forasteiro, então, não tem mais nada. Nem objetivos, nem planos, nem futuro. Termina no bar de Sugar, disposto a encher a cara. Quando conhece o novo Xerife da cidade, Lucas Hood. Que morre no tiroteio.
Detalhe: os três assaltantes em questão são funcionários de Kai Proctor, por quem Sugar nutre diversos sentimentos: raiva, rancor, gratidão, enfim.
Sugar, acha por bem, enterrá-los e dá-los por desaparecidos, junto com o Xerife.
Eles o fazem. Sugar, que já foi presidiário também, torna-se amigo do forasteiro.
É quando o celular do finado Xerife toca. O forasteiro acaba atendendo e do outro lado da linha fala o prefeito. E o forasteiro se identifica como Hood.
Lembra que Anastácia se tornou Carrie Palmer, numa nova identidade, para fugir do pai? Então… isso aconteceu graças ao especialista em fraudes e trapaças, chamado Job. Job fora apresentado a Anastácia pelo então amante dela, o novo Lucas Hood. Ou o único Hood, graças a Job.
Dia seguinte, Lucas Hood está lá para ser homologado e juramentado novo Xerife da cidade.
Avisado por todos sobre quem Kai Proctor é, Hood não tem dúvidas sobre o que fazer.
Claro, Proctor é tão durão e sobrevivente quanto Hood. E a batalha promete.
Banshee, embora pareça uma cidade comum, ela é povoada por vários segmentos de culturas e pessoas. Há os amish, de onde Kai Proctor veio. Expulso da aldeia, sua fortuna cresceu tanto quanto sua fúria contra os pais e a religião – embora ele ainda se mantenha preso a ela. Há também a tribo indígena Kinaho, governada pelos Longshadow, com quem Proctor também trava negócios. E os skinheads. E os bêbados. E os malucos.
Podemos dizer que tudo o que está escrito aqui se encontra no episódio piloto dessa série que se aproxima da 4ª temporada – e última. Porém, é uma das melhores que eu já vi.
Você se identifica com Hood por ele bater primeiro e perguntar depois? Sim. Mas também se identifica com os dilemas de Proctor. Ele é mal, mas não todo mal. E, afinal, quem é bom em Banshee?

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