Houve um tempo em que eu queria publicar minha HQs em qualquer revista que me abrisse as portas.
Então, naquele momento pré-internet banda larga, a cada nova revista, ou editora, ou ambas que apareciam nas bancas, lá estava eu comprando, lendo e procurando o endereço para enviar meu material.
Uma dessas, cujo nome já não me lembro mais, abriu espaço para novos artistas. Mas tinha que ser no estilo mangá – e confesso que, além de Akira, eu não tinha lido absolutamente nada dessa arte.
Mas estava empenhado em entrar no staff dessa revista.
E foi a partir daí que Desmortos começou a ser concebida.
Muito diferente de hoje, claro, a história de estréia estava mais para um episódio de Malhação do que para uma saga com mortos-vivos.
A primeira idéia consumiu dez páginas.
Infelizmente a revista foi cancelada.
E sequer tirei Desmortos do mundo das idéias.
O tempo passou, e me veio uma idéia sobre Desmortos. Uma idéia específica, que poderia funcionar muito bem. Escrevi o primeiro episódio. E ficou legal.
Já era 2011.
Mas eu não tinha um desenhista escalado, nada. Apenas esse roteiro.
Então, eis que surge Evaristo Ramos – que realmente não me lembro como, mas ficamos amigos.
Acabei por lhe convidar a ler Desmortos.
Ele curtiu.
E topou desenhar o primeiro episódio. E com o passar do tempo, aceitou desenhar os dois seguintes – que eu ainda não havia escrito.
Porém, os escrevi de uma forma rápida, dinâmica, e com uma conclusão interessante.
E foi muito em parte graças ao interesse e empolgação de Evaristo que a condução da história se deu tão bem.
Agora, hoje, enfim, você poderá começar a curtir Desmortos.
E tomara que fique conosco até sua conclusão.
Um abraço,
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