Li, recentemente nas redes sociais, o relato de uma usuária dizendo que, em duas ocasiões, a mulher deixa de sê-la na vida: quando engravida, caindo em domínio público e tornando-se mãe e quando envelhece.
Bem, Jennifer Lopez, no alto de seus 55 anos deu de ombros para todas essas convenções e passou com o trator por cima de todo mundo para proteger a filha. E qual o nome do filme? Não poderia ser outro senão, A Mãe!
Sim, A Mãe.
E, A Mãe é a aposta da Netflix para que se torne o filme mais visto de 2023!
Dirigido por Niki Caro, de Terra Fria, Mulan e Encantadora de Baleias, e roteiro escrito a seis mãos por Misha Green, Andrea Berloff e Peter Craig, A Mãe conta a história de uma sniper que, após o fim da guerra e sem perspectivas de uma vida vindoura, aceita trabalhar para um homem com quem ela havia trabalhado nas forças armadas.
Adrian, interpretado por Joseph Fiennes - incompreensível o rumo que tomou a carreira desse ator: de astro promissor em Shakespeare Apaixonado em 1999, para um vilão genérico qualquer em A Mãe, passando por bombas como Correndo com Tesouras e até interpretando Merlin numa série de TV! - é um senhor das armas metido a terrorista e contrabandista de tudo o que pode. Obviamente que seus laços impregnam o mundo todo, chegando inclusive em Cuba.
Outro bandido, parça de Adrian, é Hector, talvez o pior trabalho da carreira de Gabriel Garcia Bernal, outro vilão qualquer que entra mudo, sai calado e tenta posar de perigoso. No final das contas, é sobrepujado pela Mãe, com certa tranquilidade.
Mas, voltemos: A Mãe conta a história de uma mulher que viveu os horrores da guerra, se tornou uma mercenária e quando viu o que estava fazendo, decidiu entregar seus parceiros à justiça. Grávida, ela pede ajuda ao FBI.
Nem tudo sai como o programado e ela se vê na obrigação de abrir mão da própria filha para continuar a vida.
O tempo passa e 12 anos depois, aqueles a quem ela traiu decidem voltar para a vingança.
É hora da mãe cuidar da filha.
Lopez até que vai bem como uma heroína de ação, mas falta uma melhor coreografia nas lutas e ela mesmo poderia estar em melhor forma.
Porém, parece que a intenção é mostrar uma "mulher de verdade" e isso fica evidente na tela. Ela não sai batendo em todo mundo como se fosse o Ethan Hunt de Tom Cruise, muito pelo contrário; ela sofre bastante.
Talvez tenha faltado um melhor polimento no roteiro que perde seu sentido em determinado momento do filme, mas não há como negar que é um filme honesto.
Inclusive em sua proposta.
No final das contas é A Mãe que resolve tudo, cumpre com suas promessas e faz o que deve: ensina à filha o caminho para a sobrevivência.
Aproveite o dia, chame sua mãe e a homenageie com esse longa.
Ela vai adorar!
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