Há cinquenta anos, aproximadamente, DC e Marvel se reuniram para fazer o que parecia impossível: unir seus universos no crossover, Super-Homem versus Homem-Aranha.
Escrito por Gerry Conway e ilustrado por Ross Andru, o encontro entre os maiores vendedores de revistas de suas respectivas editoras à época, apresentava coadjuvantes do quilate de Lex Luthor, Dr. Octopus, Lois Lane e Mary Jane Watson.
A trama gira em torno da união de forças dos vilões, no intuito de jogar heroi contra heroi e ver o que sobra do circo pegando fogo.
Com o sucesso da empreitada, outros encontros acabaram acontecendo, como o improvável Batman versus Hulk, X-Men e Novos Titãs, além de um segundo cruzamento entre o Homem de Aço e o Cavaleiro das Teias.
No entanto, a joia da coroa seria aquele confronto que não aconteceu: Liga da Justiça versus Vingadores.
George Pérez chegou a fazer um pinup do encontro, além de algumas páginas a lápis - compradas anos depois por Rob Liefeld.
O editor-chefe da DC, na época, boicotou o encontro, pois a editora tinha outros planos para si, o que deixou Pérez aborrecido.
Por causa desse "quase", a Marvel decidiu que os Vingadores travariam encontro com a Liga da Justiça - mesmo que fosse de outra realidade.
Assim foi criado o Esquadrão Supremo, a Liga da Justiça da Marvel.
Vivendo numa outra Terra, a S, o Esquadrão enfrentou, desde vilões do futuro até ameaças advindas de dentro da equipe.
A primeira grande demonstração do potencial da equipe veio numa minissérie em 12 edições, escrita por Mark Gruenwald, que mostra a equipe tomando o poder do mundo para si, na intenção de transformá-lo num lugar melhor. Infelizmente, ficou-se apenas na intenção, com diversos membros mortos pelo caminho.
A história chegou a ser comparada com Watchmen, principalmente por causa do teor maduro e pé no chão.
Vinte anos depois, J. M. Straczinski tratou de esculhambar com as linhas que separavam as duas séries e trouxe conceitos vistos tanto em Watchmen quanto no Miracleman de Alan Moore para uma reformulação do Esquadrão, cuja série, a princípio se chamava Poder Supremo.
Hipérion, o Superman do Esquadrão chegou a fazer parte dos Vingadores em certas ocasiões; assim como o Batman da Marvel, Falcão Noturno, se filiou aos Defensores nos anos 80.
Agora, no entanto, poderia vir o grande pulo do gato de Kevin Feige: você sabe que a Discovery/Warner puxou da tomada todo o Snyderverso, incluindo aí, Homem de Aço 2, Mulher-Maravilha 3, Aquaman 3, Shazam! 3, Adão Negro 2 e por aí vai, dilapidando esse universo para que um novo seja criado.
Assim, Henry Cavill, Ben Affleck, Ray Fischer, Zachary Levi, Dwayne Johnson foram desligados do estudio - Gal Gadot ainda está a bordo, porém, será questão de tempo para que sua Mulher-Maravilha também deva subir no telhado.
E se o chefão do MCU estiver observando atentamente ao movimento de sua concorrente, ele poderia fazer aquilo que a editora fez nos quadrinhos e criar o filme da Liga da Justiça definitivo! Porém, no MCU!
Henry Cavill, que encarnou o Super, em Homem de Aço, Batman V Superman e Liga da Justiça, poderia interpretar Hipérion, o homem mais poderoso do universo e líder do Esquadrão.
Ben Affleck, que interpretou Batman, dificilmente aceitaria participar da empreitada, haja visto que sua carreira foi para o vinagre quando ele decidiu por vestir o uniforme do homem-morcego e se meter com Zack Snyder. Por isso---
Ray Fisher, que encarnou o Ciborgue, em Liga da Justiça poderia assumir o manto de Falcão Noturno - que na versão de Straczinski é um homem negro - e ser o contraponto a Hipérion no Esquadrão.
Gal Gadot, a Mulher-Maraviha, tem todos os predicados para ser Zarda, a maluca Princesa do Poder, que tem em Hipérion, a fonte de amor e algo mais.
Seria perfeito vermos Ryan Reynolds encarnando Dr. Espectro, o Lanterna Verde da Marvel; porém, ele já disse que aposentou todos os super-herois em sua carreira, com exceção apenas de Deadpool. Sendo assim---
Ezra Miller, que encarnou o Flash em Liga da Justiça, poderia ser o Dr. Espectro em Esquadrão Supremo. No caso, o personagem - ao invés de ter um anel de poder, tem um prisma, cuja luz - que parece raios coloridos como o arco-iris - se torna viva. Com esses poderes, Ezra se mostra o ator ideal para interpretar o que poderia ser o personagem maluco da equipe.
Aldis Hodge, que interpretou Gavião Negro em Adão Negro, poderia encarnar Tufão, em Esquadrão Supremo - versão de Straczinski também é um homem negro e conhecido como Borrão de Atlanta.
Quintessa Swindell, a Cyclone, em Adão Negro, poderia ser a Anfíbia - a Aquaman da Marvel, originalmente criada numa versão masculina, mas transformada numa mulher azul na versão de Straczinski.
Jason Momoa, o Aquaman, cujo filme quebrou a barreira do bilhão em bilheteria, dificilmente abandonaria o barco, uma vez que James Gumm o quer como Lobo.
Amy Adams, a Lois Lane de Homem de Aço, poderia aproveitar que o muro está baixo e pegar o papel de Arcanna Jones, a Zatanna da Marvel.
Tenho certeza de que a Discovery/Warner morderia o próprio chapeu se esse filme arrebentasse todos os recordes possíveis.
Ainda mais se Zack Snyder, em pessoa, assumisse o projeto---
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