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EU NÃO QUERO TCHU

Foto do escritor: Vagner FranciscoVagner Francisco

Desde pequeno, eu sempre ouvi muita música.

Minha irmã mais velha, quando chegava em casa, já ligava o rádio.

Meu tio – irmão caçula de minha mãe – aprendeu a tocar violão através daquelas revistas de Cifras. Por isso mesmo, ele sempre estava de violão em punho, tocando principalmente as músicas de Roberto Carlos, dos anos 70.

Sendo assim, não tinha como eu não gostar de música, e ela se entrelaça por minha vida, sentimentos e reflete em meu trabalho, relacionamentos, enfim, tudo.

Não digo se é boa ou má a minha escolha por gênero, mas o fato é que eu curto mesmo é rock n roll.

Já fui muito fã de [banda australiana] INXS, Bon Jovi, Guns N Roses, U2, Velvet Revolver, mas hoje mantenho Whitesnake como a minha preferida.

Por dois motivos:

1 – Eu adorava o maior hit de David Coverdale e sua banda, já em 1988, na época em que tocava nas rádios, Is This Love.

2 – Eles continuam a fazer um rock n roll com conteúdo, essência e muita sonoridade [diferente de Bon Jovi e U2, por exemplo, que diminuiram o ritmo e os riffs, mas aumentaram em fãs e cifras – nesse caso, grana].

Naturalmente, eu sofri muitas influências no decorrer de minha vida, e hoje, de toda a minha família, sou o único que ainda curte rock.

E, talvez por vaidade, ou algum sentimento semelhante, carrego a bandeira do rock. Você já deve ter percebido isso, já que estou sempre falando de uma música, ou banda, ou ambos.

Então, você pode imaginar a minha total insatisfação, ao conversar com minha filha, de sete anos, e descobrir que, na escola dela, no horário do recreio, alguma iluminada põe música para ouvirem. \”E que música seria essa\”, você pergunta.

Te respondo: Eu Quero Tchu, Eu Quero Tcha.

Verdade! Na escola, naquele período, estudam crianças de seis a dez anos, então o ideal seria botarem músicas mais \”inocentes\” para deixarem as crianças relaxadas, certo?

E o que \”Eu Quero Tchu, Eu Quero Tcha\” tem de inocente ou haver com crianças? Nada! Além disso, particularmente falando, não curto esse gênero, o tal sertanejo universitário, que é uma incoerência já no nome – porque o sertanejo defende uma vida no campo, e o universitário te dá praticamente uma receita de bolo para viver bem… na cidade. Mas enfim… A pergunta que mais me faço é: Para quem essas músicas são tocadas?  Com toda certeza não para as crianças. Mas usam isso como subterfúgio, o que pode alienar tantas mentes inocentes e ainda não prontas para tamanho desperdicio. Já pensei várias vezes em registrar uma reclamação, porque não gostaria de ver minha filha exposta a esse tipo de música [porque ela é uma criança, sendo adulta, tem a liberdade de escolher o que quiser ouvir]. Mas é complicado, porque com certeza, haverá retaliação. Sempre há! De qualquer maneira, minha filha, graças a Deus, tem personalidade e gosta de músicas para crianças. Nem do meu rock ela é fã. Mas não deixa de ser lamentável o fato de que os próprios educadores, que poderiam botar música clássica, por exemplo, têm esse tipo de atitude.

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