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FALCÃO E O SOLDADO INVERNAL EPISÓDIO 2

Foto do escritor: Vagner FranciscoVagner Francisco

Ao terminar o primeiro episódio de Falcão e o Soldado Invernal, aguardei os créditos e percebi que o nome de Sebastian Stan – Soldado Invernal – vinha antes de Anthony Mackie – Falcão; “mas como?” pensei. 

Anthony Mackie, além de ser mais conhecido que Stan e portanto mais vendável – acabou de protagonizar uma série na Netflix – Altered Carbon, que em breve eu falarei a respeito – e outros filmes. Já Stan, estrelou um romance dramático chamado Monday. 

Ao término do segundo episódio, notei que desta vez é Mackie quem encabeça o elenco, portanto eles intercalam o protagonismo; um pouquinho mais justo, mas nem tanto. 

Continuemos— 



No segundo episódio, John Walker – Wyatt Russell, filho de Kurt Russell – entra de cabeça na serie, juntamente com seu parceiro Lemar Hoskins – Clé Bennett -, o que me deixou bastante otimista: nos quadrinhos, Lemar fazia parte de uma quadrilha que queria desmoralizar o nome do Capitão América, em benefício de John Walker, o Super-Patriota. No entanto, quando Walker é convidado a assumir o manto do Capitão, Lemar vai junto, primeiramente como Bucky e depois assumindo o codinome Estrela Negra. E para quem imagina que os quadrinhos não falavam sobre representatividade naquela época, Lemar decide pedir uma nova identidade, em detrimento a ser Bucky, após uma conversa com outro soldado negro que lhe explicou que ele estava substituindo um garoto branco, com nome branco, morto na segunda guerra mundial. Então, Estrela Negra nasceu. 



John Walker, de Russell, também se distancia enormemente de sua contraparte quadrinhística, o que a meu ver, é ruim. Numa determinada cena, quando entra em ação, Walker tem presença, sabe ser o super-heroi; porém, suas motivações são muito pequenas e tentar uma reconciliação do legado do Capitão América com os amigos dele – algo sem necessidade – só cria mais distanciamento.

A certa altura, ele dispara a Sam e Barnes “não fiquem no meu caminho”, com uma convicção tão minúscula que é nítido que a ameaça vem com tons de desespero. 



Os Apátridas ainda estão atacando e, ao que tudo indica, foram anabolizados pelo Mercador do Poder, um picareta que encontrou um meio de dar superforça às pessoas e cobra por isso – na verdade, a cobaia só paga se o experimento funcionar. 

Essa subtrama tornou-se uma salada, haja visto que os Apátridas deveriam ser uma célula terrorista alta e tecnologicamente armada, em busca da destruição das bandeiras e nações como as conhecemos hoje. Porém, são apenas pessoas fortes que querem causar o caos à base da porrada! 

Mercador do Poder tem mais a ver com John Walker e Lemar, pois foi assim que eles se tornaram superfortes. Aliás, Walker é o ponto de partida de uma investigação que Steve Rogers faz para descobrir sobre esse cara que vende superpoderes. 

Então, entra em cena, Isaiah Bradley, também conhecido como o primeiro Capitão América. Sua primeira aparição se deu na minissérie Truth: The White, Red e Blue e conta a história do primeiro Capitão América. Steve Rogers foi o segundo. 



A história de Isaiah Bradley se mistura com a história real de trezentos homens negros no início do século passado que, contraídos com sífilis participaram de um experimento governamental que estuda os efeitos da sífilis nas pessoas e possíveis medicações para isso. Detalhe: o experimento foi secreto, inclusive para os próprios, pois eles não sabiam do que se tratava – metade recebeu uma droga experimental, outra metade placebo. Algo parecido com o que Xuxa sugeriu recentemente. Porém, ao invés de homens negros, ela optou por presidiários. 

Voltando ao Capitão— Isaiah participou de um experimento secreto como uma espécie de opção; a outra, seria a prisão. Então, inserido no exército, Isaiah participa, juntamente de um batalhão formado por homens negros, desse experimento que viria a se tornar o Soro do Super Soldado e transformaria o franzino Steve Rogers no campeão da liberdade, Capitão América. 

Do batalhão, apenas Isaiah saiu vivo; a maioria ganhou deformações ou morreu.

E, ele então se tornou a primeira encarnação do herói estrelado. E por causa disso, também, ficou preso por 30 anos. 

Até aqui você percebeu que a série trata muito de cobaias, certo?

Isso é interessante; porém, é intencional? 

Enquanto os Apátridas estão à solta, tocando o terror, tanto Walker quanto a dupla dinâmica não têm idéia de como encontrá-los. 

Então, decidem ir atrás de Zemo. 

Como um todo, a qualidade caiu bastante em relação ao primeiro episódio; muitos diálogos são sofríveis e só se mantém graças ao carisma e talento de Mackie. Stan consegue ser um ator melhor do que vinha sendo, porém ainda não acertou por completo. É até covardia comparar as entradas de Russell e Bennett porque provavelmente eles ainda estão sintonizando seus personagens. De qualquer maneira, o roteiro precisa ser melhor polido. 

Há também muitas questões raciais, reconhecimento público, há muitas tiradas com isso, o que é bom e educativo. Mas, é preciso um entendimento melhor sobre os personagens. 

Enfim, aguardemos o próximo episódio.

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