E ae, tudo bens?
Pois é, finalmente assisti ao filme do latinha. Bom, também conhecido como Homem de Ferro, o vingador dourado, o herói da manguaça, enfim.
EXCELENTE filme! Na verdade, devo me redimir aqui porque não botava fé em nenhum momento nesse filme. Primeiro por causa do protagonista – que eu achava muito velho pro papel; pra mim, seria melhor ter um cara jovem como o Jake Gyllenhaal. Depois, não veriamos o grande inimigo do personagem, o Mandarim. E por último porque o roteiro era muito comum.
É verdade, o roteiro é bem comunzão, mas consegue passar seu recado com louvor, usando referências como a guerra no Iraque para criticar o próprio governo americano e atualizar o personagem. Mas há várias metáforas sobre “um dia volta pra você”. O lance do míssil Jericho por exemplo, causa, curiosamente, o mesmo efeito nos alvos que aquela mina causou no coração de Stark.
A construção da armadura, a forma como Tony Stark ama o que faz, suas idéias sendo confrontadas pela dor da realidade, que todos conhecemos: as consequências de uma guerra. Ele dizer “com a paz, eu não teria emprego”. Isso é muito cool e profundo.
Aliás, cool é a palavra que define bem o filme.
Robert Downey Jr. mostrou ser o Tony Stark encarnado. É o papel que ele nasceu para fazer. Acredito realmente nisso. Há uns bons pares de anos, talvez ninguém se lembre, Downey Jr começou em filmes adolescentes, como Mulher Nota Mil. Teve a sorte de trabalhar com Mel Gibson, em Air America – Loucos Pelo Perigo (um Máquina Mortífera com aviões e sem o Danny Glover) e chegou ao ápice da carreira ao interpretar ninguém menos que Charles Chaplin, em sua própria biografia. Foi indicado ao Oscar, mas não levou. Numa entrevista que deu ao pessoal da revista SET, reconheceu que ficou deprimido por não ter ganho a estatueta. Bom, a vida seguiu, e ele foi preso várias a várias vezes devido a seus gra
ves problemas com cocaína. Chegou a passar por momentos de desespero quando, na cadeia, se viu em meio a uma briga de detentos e seu rosto fora cortado. Mas deu a volta por cima. Demorou, mas deu. Aceitou participar de um seriado, chamado Ally McBeal (acabou sendo substituido pelo pop-roqueiro Jon Bon Jovi nesses entra-e-sai da cadeia), depois o próprio Mel Gibson lhe conseguiu um papel no filme de estréia como diretor do roteirista de Máquina Mortífera, Beijos e Tiros. Downey Jr contracenou com Val Kilmer em um filme muito interessante e divertido, que revelou Michelle Monaghan (que depois fez Missão Impossível III e Antes Só Do Que Mal Casado). Mas não era ainda um puta filme!
Esse puta filme veio com Homem de Ferro.
E pra ajudar mesmo, após o MAIOR empurrão que já recebeu em sua carreira, Downey já marcou presença em Trovão Tropical, elogiadíssimo filme de Ben Stiller, e também está em The Soloist, ao lado de Jamie Foxx, que muitos acreditam, chegará ao Oscar. Se depender do trailer, chegará mesmo.
Mas não dá para não comparar…
Bom, muita gente está dizendo que Batman – O Cavaleiro das Trevas é o melhor filme de super-heróis da história. Ouso dizer que Homem de Ferro é melhor que o Batman. Mas não é o melhor filme de heróis da história. É um puta filme, mas tem seus defeitos, como qualquer produção. Homem de Ferro tem um protagonista carismático e de fácil identificação. Tem um vião muito bem caracterizado por Jeff Bridges, além de cenas empolgantes. Aliás, o elenco de Homem de Ferro é impecável. Já Batman, tem um vilão… é óbvio que Heath Ledger carrega o filme nas costas e esse é o grande calcanhar de aquiles do filme do morcego, na minha opinião. Falta uma identificação com o personagem central. Até mesmo o comissário Gordon tem um momento de brilhantismo, quando consegue prender o Coringa. E o Batman? Tem o que? Nada! Ele fica o tempo todo batendo-cabeça e faz coisas sem sentido como trombar (???) de moto num poste e cair desacordado. E AQUILO NÃO FOI UM TRATO ENTRE ELE E GORDON.
Eu não sei se você assistiu ao filme Os Indomáveis. É um faroeste, que tem Russell Crowe como astro, além de Christian Bale no elenco. É impossível não perceber que Bale rouba a cena. Assim como em O Grande Truque, no duelo de interpretações com Hugh Jackman, Bale também leva a melhor. Então, como pode, em seu próprio filme, Bale parecer tão apagado?
A revista SET sempre disse que os estúdios deveriam dar suas franquias super-heroísticas para Brian Singer (X-Men, X², Superman – O Retorno) porque ele manja como ninguém desse gênero. Acredito que deveriam dar é para Jon Favreau porque esse demonstrou que é do ramo.
Bom, vamos aguardar até 2010 para ver Homem de Ferro 2. Espero que Mandarim esteja no filme.
Aaahhh… e o escudo do Capitão América realmente aparece no filme bem como Nick Fury. Cool…
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