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  • Foto do escritorVagner Francisco

JOHN WICK 4 | SCOTT ADKINS ROUBA A CENA NUM FILME QUE NEM KEANU REEVES AGUENTA MAIS

Atualizado: 14 de jan.

Astro já deu diversas declarações de que as filmagens são sempre muito pesadas, física e psicologicamente. E acena para um não-retorno num quinto episódio



Numa escalada, os três primeiros episódios da cinessérie John Wick vai subindo de tom e qualidade, com Parabellum atingindo seu auge.


No entanto, John Wick 4 despenca vertiginosamente em coreografia e trama, com o vilão mais fraco até aqui.

Bill Skarsgard, de It, é o Marquês, supostamente a pessoa escolhida para botar ordem na bagunça criada por John Wick desde o primeiro filme. Para isso, ele elenca sanções administrativas e manda seus capangas para executar.

Em meio a isso tudo, o Marquês ainda encontra um nêmesis do astro da trama, Caine, interpretado por Donnie Yen.

Caine é um homem cego, porém exímio lutador e faz muito bem uso de sua bengala - e os outros sentidos.


Muito mais parecido com o personagem de Rutger Hauer em Fúria Cega, de 1989, a Matthew Murdock, o Demolidor - O Homem Sem Medo da Marvel, Caine não chega a se destacar.


Wick, Caine e Killa - os cascas-grossas do longa

Quem acaba fazendo isso é justamente Scott Adkins, na pele do trambiqueiro alemão, chamado Killa.

Enviado para matar o trambiqueiro, Wick acaba tendo o melhor momento do filme quando o astro de artes marciais demonstra carisma, talento e, com mérito, merecimento de manutenção do personagem, inclusive podendo ganhar mais espaço num possível quinto filme - ou um spin-off em formato série pela Lionsgate+.


Infelizmente nada disso será possível e John Wick 5 se mostra uma folha em branco.

Primeiro, porque o final de John Wick 4 se mostra definitivo para o protagonista por imposição do próprio Reeves - claro que há a possibilidade de um retorno. Mas depende do que o astro decidir.

O filme tem uma abertura empolgante numa espécie de faroeste do século 21, botando Wick num cavalo e perseguindo seus inimigos.

Corta para o Japão, onde os capangas do Marquês estão por lá para encontrar Wick. E encontra! E aí, Japão, samurais e tiroteios, não tem como dar errado, certo?

Tem!


Wick versus Caine deveria ser o ponto alto da trama. Não foi!

As lutas são coreografadas demais e se mostram até pouco realistas e talvez estilizadas em excesso.

Keanu Reeves se mostra tão cansado e lento que não sabemos se é o personagem que está demonstrando ter atingido seu clímax, ou é o ator que não suporta mais tudo isso. Pelas entrevistas, é possível perceber que o ser humano é que cansou.

Assim como o público.

Poucos diálogos, uma trama fraquíssima; um vilão que não assusta a ninguém. E coadjuvantes de luxo transitando para tentar segurar as pontas.


Mas a saturação é inavitável.


Para o futuro, talvez seja hora de tanto Keanu quanto os produtores repensarem os próximos projetos, porque John Wick 4 encerra tudo.

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