Vinte anos após O Pagamento, adaptação de um conto de Phillip K. Dick, com o resultado mediano de US$ 117 milhões contra um orçamento de US$ 60 milhões, o filme não foi tão bem digerido pelo público - em grande parte, acredito, pela escolha de seu elenco. Ben Affleck e Aaron Eckhart não conseguiram causar a comoção que John Travolta e Nicolas Cage fizeram seis anos antes.
Uma Thurman e Paul Giamatti ainda assim trataram de segurar o elenco de apoio - a estrela de Kill Bill inclusive deixou claro que aceitou participar do longa pela oportunidade de trabalhar com o lendário diretor.
Continuando, John Woo está de volta aos cinemas hollywoodianos, vinte anos após a sua última desventura.
Dessa vez, a noite de Natal será o pano de fundo para a vingança de um pai, que perdeu o filho pequeno num confronto de gangues. Silêncio da Vingança é um filme estrelado por Joel Kinnaman e não terá diálogos, como o próprio diretor comenta numa entrevista via Zoom para a Vulture:
"O filme inteiro é sem diálogo. Isso me permitiu usar visuais para contar a história, para contar como o personagem se sente. Estamos usando a música em vez da linguagem. E o filme é sobre visão e som."
Pelo trailer, que você pode conferir abaixo, o longa será memorável, com muitas cenas de ação, tiroteio e perseguições.
O elenco, inclusive, é muito bom: Joel Kinnaman, por exemplo, vem tentando ser astro de ação desde o RoboCop, de José Padilha, de 2014; passou por dois Esquadrões Suicidas interpretando o que deveria ter sido o protagonista das tramas, como o Coronel Rick Flagg. Além disso, ainda atuou lado a lado com Liam Neeson em Noite Sem Fim e protagonizou a primeira temporada de uma das melhores séries da história da Netflix: Altered Carbon.
Por fim, ainda vai compartilhar um constrangimento junto com Nicolas Cage em Simpathy for The Devil.
Catalina Sandino Moreno, premiadíssima como a protagonista de Maria Cheia de Graça, Che - o Argentino, Amor nos Tempos do Colera e por aí vai.
Perguntado sobre o porquê de sua saída de Hollywood, Woo explicou que respondeu a um pedido de seu próprio país e voltou à Hong Kong para dirigir novos filmes:
"A razão pela qual fui filmar um filme chinês é porque me pediram para ajudar os filmes chineses a ter mais mercado mundial."
Commenti