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Foto do escritorVagner Francisco

LANTERNA VERDE | MARTIN CAMPBELL SE CULPA PELO FILME


O neozelandês, Martin Campbell, é um grande diretor de cinema, capaz de se reinventar e entregar bons filmes.

Seu exemplo máximo é Cassino Royale, o reboot de James Bond – que Quentin Tarantino tentou convencer Pierce Brosnan realizar, mas acabou acontecendo com o substituto do ator, Daniel Craig. E sem o diretor que deu a ideia.

Antes disso, Campbell havia dirigido a estreia do próprio Brosnan como agente secreto da Rainha, em Goldeneye, de 1995.

Martin Campbell

Dois anos antes, Campbell dirigiu Ray Liotta no que considero o seu melhor filme: Fuga de Absolom.

E a posteriori, entre os dois 007, o diretor entregou duas aventuras de ninguém menos que Zorro, uma aventura adrenalinesca chamada Limite Vertical e ainda um veículo para Angelina Jolie brilhar – que, como produtora, vetou a contratação de Kevin Costner como seu interesse amoroso e, por consequência, Oliver Stone na direção – Amor Sem Fronteiras.


O legal de Cassino Royale é que ele mostra um James Bond em início de carreira, muito mais visceral e no limite do vigor físico, totalmente diferente de Goldeneye – e Campbell entregou as duas aventuras distintas com maestria.

Aliás, considero Cassino Royale o melhor filme da safra Daniel Craig. De longe.


E vou mais longe: esses tempos eu estava lendo as 67 edições de Esquadrão Suicida, publicadas a partir de 1987 e pensava num diretor que poderia levar aquelas histórias, naquele clima, aos cinemas na época. Sem pestanejar o nome Walter Hill me veio à mente. E hoje, caso a Warner quisesse dar uma nova oportunidade ao grupo de vilões com missões para reduzir suas penas e James Gunn não estivesse disponível? A minha aposta seria em Campbell - pelo que ele mostrou no filme de Bond, não no do Lanterna Verde!

Que aliás, o próprio diretor se arrepende de ter aceitado fazê-lo.


Há momentos em nossas vidas que queremos esquecer, certo? Pois o longa do herói do anel esmeralda parece ser o de Martin Campbell.

Nas entrevistas de lançamento, ele já dizia não ser fã do personagem e nunca ter lido uma HQ sua.

E agora, em conversa com o Collider, ele justifica tudo isso:

"A questão sobre o Lanterna Verde é que enquanto com Bond, eu amo Bond, eu amo os filmes de Bond, eu realmente gostei deles, foi um evento para mim, eu não sou um fã de quadrinhos. E a verdade é que eu nunca deveria ter feito o filme, mas eu fiz isso porque nunca tinha feito um filme de quadrinhos antes, então eu acho que a culpa repousa em meus ombros em grande parte.”


“O problema era, que eu me lembro nas últimas seis a oito semanas de pré-produção, todos os dias — e todos os dias, tivemos reuniões sobre cortar o orçamento. ‘Precisamos cortar o orçamento. Como vamos cortar o orçamento.’ Todos os dias. E eu tinha trabalhado um final fantástico para aquele filme. Lembro-me que tinha um escritório bem grande em Nova Orleans, os escritórios de produção, e eu cobri as paredes com storyboards. Era como papel de parede em todos os lugares para o final do filme, e eles entraram e disseram: 'Não podemos pagar. Você tem que cortar tudo.’ Então, no final, eles inventaram aquele final de merda. No entanto, tendo dito isso, eu nunca deveria ter feito isso, mas eu fiz isso. Eu não acho que fiz um bom trabalho, então para mim, para filmes de super-heróis, há pessoas melhores do que eu que deveriam estar fazendo esses filmes."


Aparentemente, o orçamento e roteiro trucidaram o filme – claro, com uma ajuda de Campbell. Além disso, a Warner estava numa corrida para levar filmes da DC aos cinemas, até para concorrer com a Marvel, que estava começando a se dar bem nas bilheterias. Nessa época, ainda não havia o filme dos Vingadores, apenas Homem de Ferro e Hulk.

Mais do que isso, a Warner/DC decidiram tratar Hal Jordan – alterego do Lanterna – como o conquistador da editora, o pegador, tal qual Tony Stark – que já era pegador nas HQs, mas não um stand up comedian. Mas tudo deu errado, o filme não saiu exatamente como todos queriam e o próprio astro, sempre que pode, exorciza a sua participação nele.

Em parte, isso é culpa do próprio Ryan Reynolds, que passou uma década numa cruzada em interpretar um personagem de quadrinhos – na época, ele mirava em Flash – que acabou fazendo três: Hannibal King, em Blade Trinity; Deadpool em X-Men Origens: Wolverine; e Lanterna Verde.


Sim, ele aprendeu a lição, tratou de manter o controle sobre seu filme do mutante tagarela e decidiu por não participar de nenhum outro filme sobre HQs.

Mas, voltando a Campbell, qual seria o final grandioso que ele havia planejado para o Lanterna?

"Para ser honesto, houve uma batalha nas ruas entre as quatro Lanternas - entre nossos heróis, Kilowog, Sinestro e, obviamente, Ryan Reynolds, e blá-blá - enfrentando um enorme tipo de monstro que estava tomando conta da cidade, e foi realmente 7 Homens e 1 Destino de certa forma, ou 4 Homens e 1 Destino. No entanto, não aconteceu, então lá fomos nós.”


Com essa informação, nós não temos a menor ideia se esse final seria melhor que o que acabou no filme, mas Campbell é um diretor de alto nível e possivelmente entregaria algo muito bom!

E você? O que acha disso tudo? Está na hora de esquecermos Lanterna Verde e pensarmos no futuro? Ou há espaço para um Lanterna 2?

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