—pois é, ele finalmente fez sua estreia nos Quadrinhos.
Cortesia de Brian Bendis e Ivan Reis.
Mas quem foi o Homem-Atômico?
O personagem fez sua estreia em Superman IV – Em Busca da Paz, de 1987, filme que encerrou a encarnação de Christopher Reeve como o Homem de Aço.
Após o sucesso de Batman, dois anos depois, a Warner, dona dos personagens, sempre tentou fazer um Superman V e Reeve repetia que tudo dependeria da produção, do roteiro, enfim— após o acidente que tirou os movimentos, Reeve não tinha mais como ser o Superman.
Falecido em 2004, ele se manteve envolvido com o personagem, fazendo participações especiais em Smallville.
Voltando para Superman IV, Reeve aceitou participar mediante a oportunidade de dirigir o filme.
Vamos lá: quando o primeiro Superman recebeu o sinal verde para ser feito, os produtores eram Ilya e Alexander Salkind – e tinham um orçamento bastante satisfatório: 55 milhões de dólares. Isso, em 1978!
Após três produções e muitas brigas, a dupla decidiu vender os direitos a outra dupla, dessa vez, dona Canon Filmes – Braddock, Desejo de Matar 3. O orçamento caiu um pouquinho: 17 milhões! Quase dez anos depois do primeiro filme. Faça as contas.
Inflação, etc—
Pra piorar, Jon Cryer contou que metade do orçamento simplesmente desapareceu.
Bom, o personagem de quadrinhos mais famoso do mundo – na época – após três filmes de sucesso caiu nas mãos de uma dupla de produtores acostumados com filmes B e com baixissimo orçamento – o kryptoniano voa! – receita para o fracasso, certo? Então, como convencer a estrela a assinar contrato? Aceitar seus pedidos. Nem que seja o de dirigir o filme.
Infelizmente, não aconteceu. Reeve ficou como diretor de segunda unidade; porém poderia opinar quem seria o diretor titular. Wes Craven, criador de Freddy Kruegger, contou numa entrevista que se interessou, mas Reeve vetou: \”Você não ai dirigir o meu filme\” disse.
Acabou sobrando para Sidney J. Furie, numa manobra caseira dos Canon, uma vez que ele havia dirigido Águia de Aço para eles.
Ok. Mas e o Homem-Atômico?
Bom, o Homem-Atômico surgiu de uma maneira peculiar: ao receber uma carta de um menino preocupado com os destinos do mundo e uma possível Guerra Nuclear, Superman discursa na Sede da ONU se propondo a lutar pela paz, para que a Terra não se torne uma nova Krypton.
Então, ele recolhe todas as armas nucleares do mundo e as lança ao Sol.
O que o kryptoniano não esperava é que seu arquiinimigo, Lex Luthor, estivesse assistindo ao discurso pela tv e decidiu dar sua contribuição ao arsenal.
Com um fio de cabelo do kryptoniano, alguns elementos encontrados em qualquer mercado negro da vida e um supercomputador fazendo as vezes de um liquidificador, Luthor criou os ingredientes para fazer um Homem-Atômico. Bastava apenas que a receita fosse levada ao forno; e que forno melhor que o próprio Sol?
Temos um Homem-Atômico!
E com umas unhonas que mais lembram as do Dentes-de-Sabre, o supercapanga de Luthor toca o terror em Metrópolis.
Até mesmo se interessa pela mulher que está interessada em Clark Kent numa subtrama patética.
Então, o grande Kal El põe fim à ameaça do Homem-Atômico e o filme acaba.
Agora, 35 anos depois, o personagem pulou dos celuloides para as páginas das HQs do Super.
Mas, quer algo mais interessante?
Se Superman IV tivesse dinheiro, talvez ainda nas mãos dos Salkind e uma direção decente – de repente uma reconciliação com Donner – Homem-Atômico poderia ter sido o Bizarro.
Sim, segundo o CBR, no roteiro original, Luthor jogaria não apenas uma, mas duas receitas para um Homem-Atômico; e a primeira encarnação seria uma versão bizarra do Super.
Isso, exatamente isso, aconteceu nas páginas da HQ do Homem de Aço, The Man Of Steel # 5, quando John Byrne encabeçava a produção. Foi dessa maneira que ele introduziu o personagem.
Que também sentiu algo por um interesse amoroso do kryptoniano.
Superman III teve um robô [!!!] como vilã[o].Tudo leva a crer que ali se encaixaria perfeitamente Brainiac em sua fase robótica.
Então, para o Super, após tantos problemas dos dois primeiros filmes, só faltou dinheiro!
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