Esses dias eu estava buscando referências em músicas antigas, rock dos anos 80, principalmente.
Meu ponto de partida foi o Lobão, passando por Marina Lima, Metrô, Gang 90 e acabei chegando num show do LS Jack em Salvador, no ano de 2004.
Claro, eu conhecia a banda pela regravação de Amanhã Não Se Sabe, composta por Sergio Brito, dos Titãs. Havia também o hit Carla, o mais famoso da banda. E só.
Acabei vendo o show todo e, caramba!, como é bom. Os membros da banda são muito talentosos e conseguem contagiar o público.
Infelizmente uma tragédia acabou tirando LS Jack do radar – o ex-vocalista, Marcos Menna fez uma lipoaspiração que deu errado e ele acabou em coma. Quinze anos se passaram para ele se recuperar e aparentemente agora está pronto para retomar os palcos numa carreira solo.
Mas e o restante da banda?
Eles decidiram se reunir, contratar um[a] novo[a] vocalista e voltar à estrada. Só que pintou um Vinny no caminho – afinal, eles são contemporâneos dos palcos e até gravaram no mesmo estúdio. Vinny inclusive é amigo pessoal do baixista, Queiroz – mas não aquele.
Surgiu aí a superbanda, LS Jack & Vinny, tal qual Velvet Revolver, Audioslave, etc. Claro, guardadas as devidas proporções, mas o som é muito bom e tem futuro.
Aliás, Vinny não tem a potência vocal do Menna, que é muito mais melódico; e é justamente aí que eu acredito que tenha dado certo: o novo vocalista tem um estilo mais seco, o que aproxima a banda de um rock puro e simples; com o Menna, eles flertavam com o pop-rock.
A nova banda tem alguns singles bastante contagiantes. Universo Paralelo e No Que Depender de Mim dão o tom do caminho que eles querem percorrer.
Sou sincero em dizer que gostei; eu tenho esse fraco por bandas como a finada Velvet Revolver, com um som que é mais um amálgama do que qualquer outra coisa. E é assim eu eu vejo LS Jack & Vinny e torço muito para que dê certo.
O rock, aquele surrado e quase extinto, agradece.
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