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Foto do escritorVagner Francisco

MAIS SOBRE COPA DO MUNDO…


A última Copa à qual torci pela nossa seleção foi a de 1994. Ali eu torci muito.

A partir de 1998, tudo meio que desfaleceu para mim. O exagero do Galvão, os superpoderes de Ronaldo, os rompantes de Zagallo, um favoritismo até bem grande… e o final, todos sabem.

E pior: aquele episódio abriu margem para muitas especulações – inclusive uma CPI – e nada até hoje foi totalmente explicado.

Semanas atrás, Edmundo e Roberto Carlos voltaram a falar sobre isso no programa do Milton Neves e, mesmo após 12 anos, ambos tocaram no assunto, mas como quem tenta convencer não convencendo. É estranho.

Mas enfim…

Assisti à Copa de 2002 torcendo pela Inglaterra porque achava que havia ali uma excelente seleção [mas acabou sendo desclassificada pelo Brasil nas quartas-de-final]. E na seguinte, em 2006, torci pelo Japão, já que era treinada por Zico.

A Seleção brasileira cheirava a \”Aluga-se\” – aquela música do Raul Seixas, regravada tempos depois pelos Titãs.

Mas hoje, comecei a perceber uma mudança.

Não, as coisas não mudaram. Todos estão lá. O mesmo presidente, a mesma patrocinadora esportiva. As mesmas situações.

Acho que eu mudei.

Percebi que às vezes é preciso ser um pouco inocente. Esquecer que existe esse lance de \”maracutaia\”. Pensar num bem maior.

Hoje minha filha tem cinco anos. E ela vai à escola. E vê todo esse movimento em torno desse sentimento chamado \”Brasil\”.

Você sai às ruas e vê carros passando com bandeiras do Brasil. Caminhões passando. Pessoas conversando sobre a \”injusta expulsão de Kaká\” contra a Costa-do-Marfim.

Isso contagia. Principalmente as crianças.

Então, comprei uma bandeira do Brasil para ela.

Simplesmente para que ela entrasse no \”movimento\”. Mas com esse movimento, já pude mostrar como foi feita a concepção da bandeira. E o que cada cor, a frase e as estrelas representam.

Enfim, é Copa do Mundo. Acaba daqui a cinco rodadas. E o Brasil pode sair antes do término.

E ela pode sofrer com isso. E eu sofrerei junto com ela, porque acho que esse sentimento pode moldá-la na frente.

Isso me moldou também. quando chorei quando o Brasil fora desclassificado, em 1982, pela Itália. Ou em 1986, pela França. Aquelas duas seleções vivem em minha memória. Principalmente pelo fato de Zico ter sido o camisa 10. E ainda tinha Júnior na lateral esquerda.

Mas em suma, é isso.

É o sentimento que fica.

Sentimento de lar. E enquanto ninguém tomar, o Brasil é nosso.

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