Imagine uma série que sem censura.
Que não tem medo de mostrar cabeças sendo decepadas, pernas caindo, sangue jorrando.
E cenas de sexo pra lá de quentes.
Mas não é “apenas” isso.
Spartacus – Sangue e Areia é muito mais.
Confesso que tinha minhas dúvidas quando a série surgiu, por dois motivos:
1º – quando via algo relacionado, eu pensava em 300. 300, pra mim, é um filme superestimado, com um elenco superestimado, numa história boba e um diretor estilo vídeo game [que ficou muito mais superestimado, cometendo heresias com Watchmen e o provável novo Superman].
2º – eu havia assistido ao Spartacus original, estrelado e produzido por Kirk Douglas e dirigido por um então novato Stanley Kibrick. E, apesar de ser um filme “velho”, Spartacus foi [filmicamente falando] o pai de Gladiador, com mais classe e menos sangue.
Mas, como eu já havia esgotado minha paciência com varias outras séries favoritas, e não tinha mais nenhum outro filme pra ver, decidi dar uma chance a Spartacus enquanto almoçava.
E, confesso, viciei.
Spartacus conta a história do guerreiro trácio, cujo povo aceitou uma aliança com Roma para derrotar os bárbaros. Os romanos, porém, acabaram por deixar sua aldeia desguarnecida, dando aos bárbaros a oportunidade de destrui-la.
Spartacus [que não se chamava assim] se rebelou contra os romanos e voltou para casa para tentar salvar sua esposa, Sura.
O problema é que, para isso, ele teve que lutar contra alguns romanos e isso causou vergonha ao genro de um senador, Claudius Glaber.
O homem que viria a se chamar Spartacus então é pego pelos romanos, preso e separado de sua esposa. Sua única saída: sobreviver na arena.
Basicamente esse é o primeiro episódio de Spartacus – Sangue e Areia. Os doze subseqüentes guardam mais qualidade, mais lutas, mais sexo, mais traições, mais sangue e uma conclusão inimaginável. Ao menos foi para mim.
Infelizmente o astro da série, Andy Whitfield veio a falecer logo após o início das filmagens da segunda temporada. Eu ainda não vi a segunda, não pude observar seu substituto em ação, mas pelo seu talento nos treze capítulos de Sangue e Areia, posso dizer que a série perdeu muito, pois ele mostrou ser um puta ator com muito carisma. Mas John Hannah [de A Múmia], como Batiatus e Lucy Lawless [a Xena], sua esposa, Lucrecia também fazem a série crescer.
Spartacus é um série que ficará na história, mais por sua ousadia, com histórias adultas e muito atuais, do que por qualquer outra coisa.
Vale a pena ser assistida.
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