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  • Foto do escritorVagner Francisco

O ÚLTIMO MERCENÁRIO | VAN DAMME PRECISA PAGAR AS CONTAS


Em outubro do no passado, eu fiz um top 6 dos melhores filmes de Jean-Claude Van Damme em comemoração dos seus 60 anos de vida.


Após assistir ao novo filme do “músculos de Bruxelas” a minha lista continua a mesma.

O menino que sonhava em se tornar um astro de cinema na ensolarada Califórnia estadunidense, ao contrário da chuvosa capital belga em que vivia, conseguiu chegar lá, tornou-se um ícone dos filmes de ação e cresceu com voracidade impressionante em Hollywood.


No entanto, sua ambição foi tão grande quanto sua estupidez: quando a Columbia lhe ofereceu 30 milhões de dólares para fazer três filmes, ele pediu 50. Achou que estava na mesma prateleira de Jim Carrey, o maior salário de Hollywood na época.


Assa Sylla seria o interesse amoroso do astro no filme

Van Damme sempre foi um frasista e sempre se comparou com outros astros, principalmente aqueles que estavam no topo.

Quando lançou Vencer ou Morrer, em 1993, dizia ter como objetivo ser um ator tão bom quanto o duplamente oscarizado, Anthony Hopkins. Claro, não chegou nem perto.

Quando lançou Legionário, dizia que o filme era um Paciente Inglês na Legião Estrangeira. Não era nada disso.

Ao promover Inferno, o definiu como um Pulp Fiction no Oeste; passou longe.


No entanto, ele se esforçava para se manter em evidência. Embora não chegue nem perto da qualidade do premiado e aclamado filme de Quentin Tarantino, em Inferno, Van Damme resgatou o diretor Rocky e Karate Kid, John G. Avildsen – que, por sua vez, resgatou seu parceiro das antigas, Pat Morita, numa participação bem interessante.

Importou diretores chineses, como John Woo, Ringo Lam e Tsui Hark.

Resgatou atores e atrizes do ostracismo, como Rosana Arquete, Mickey Rourke e até Roger Moore.


E, embora a sua interpretação no primeiro sucesso, O Grande Dragão Branco tenha lhe valido a definição de “uma salamandra lobotomizada”, em JCVD, de 2008, outro crítico lhe caracterizou como a segunda melhor performance num filme, perdendo apenas para Heath Ledger, como o Coringa de Cavaleiro das Trevas.


Mais de uma década fazendo filmes cujos nomes ninguém se lembra e Van Damme chega à Netflix, com O Último Mercenário.

espacate e streaming: parceria de sucesso?

Mas o que fez a plataforma investir num ex-astro de ação, ex-símbolo sexual e ex-ator em atividade?

Um de seus filmes produzidos pela Columbia, Morte Súbita, de 1995, se tornou um dos mais vistos pela plataforma – que tratou de trazer outros. Esse revival acabou acendendo uma luz de que talvez o belga ainda tenha um pouco de lenha para queimar.

Então, chegamos ao último lançamento de julho da Netflix.


O Último Mercenário mostra um ex-espião que se tornou mercenário, tendo que acertar as contas com o passado quando um funcionário do alto escalão do governo francês comete um erro.

Van Damme é Richard Brumére e precisa resgatar o filho com quem nunca conviveu das mãos de pessoas que querem matá-lo, ou por dinheiro, ou por vingança; ou pelos dois. Além disso, há uma máquina chamada Big Mac, que pode interferir em qualquer sistema elétrico, e essa máquina pode parar nas mãos de terroristas.

É claro que a interação de Brumére com o filho não sai como ele imagina; o filho, Archibald – papel de Samir Decazza – é um jovem moloide, vivendo num bairro comum da cidade, imaginando que o pai morreu sem querer conhecê-lo.

E talvez a cena mais engraçada do filme seja quando ele precisa fugir da polícia com o filho dirigindo um carro da auto-escola. Detalhe: o menino não sabe dirigir.

De resto, há algumas cenas de ação e luta – e piadas alá Netflix – a maior parte das cenas de luta aparentemente não são do astro belga e sim de dublês.

Aliás, se há uma coisa que salta aos olhos em O Último Mercenário é o quanto Van Damme está envelhecido. Parece ter 80 anos.


E a pergunta que fica é: há fôlego para uma seqüência? E a resposta é não.

Talvez uma outra história, talvez uma série; mas uma franquia passa longe de O Último Mercenário.

Aliás, seria interessante a Netflix correr atrás desses ex-astros de filmes de luta e juntá-los tal qual os Mercenários. Possivelmente saia algo interessante.

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