Whitesnake em sua formação atual
Um pouco mais sobre Forevermore, o novo álbum de Whitesnake.
Encerrando um hiato de onze anos sem lançar nenhum álbum de novas, David Coverdale – após ter reformulado os membros da banda – voltou aos estúdios e produziu Good To Be Bad, em 2008.
Três anos depois, a banda voltou com Forevermore.
Mas o que há de intrínseco entre os dois álbuns?
Primeiro, todas as canções foram compostas por David Coverdale e Doug Aldrich. Além disso, Forevermore é uma passo adiante, em relação a Good To Be Bad. A última canção do álbum de 2008, Till The End Of Time, poderia fazer uma ponte entre os dois discos.
Mas estamos aqui falando de Forevermore, álbum de 2011, que o Whitesnake acabou de lançar.
Ao todo são 14 músicas, e a canção-título tem impressionantes 7:29 minutos – qual banda de rock atualmente teria peito para mandar um petardo desses?
Entrando no mérito da questão, lembro-me que no longínquo ano de 1992, Bon Jovi lançou o álbum Keep The Faith. Nele, havia uma canção de mais de sete minutos também, Dry County, na qual Jon Bon Jovi dizia ser sua menina dos olhos. Dry Conunty realmente é uma fantástica música, ideológica, com um grandioso solo de Richie Sambora. Mas infelizmente, ela naufragou.
Você já viu alguma rádio tocar uma música de sete minutos ou mais? Difícil. Nem o Guns N Roses, no auge, conseguiu isso. Por isso o Bon Jovi atual só cria coisas descartáveis e curtas. Entraram no esquema, obviamente.
A primeira música de trabalho de Forevermore, Love Will Set You Free [ou o Amor Vai Te Libertar] – que você pôde curtir o clipe, aqui em Plano-B, na última postagem – já mostra a que veio. Um rock que te carrega, com uma letra amorosa, mas sem cair na pieguice.
Aliás, aos 61 anos, David Coverdale, cantando da forma que está, pode falar do que quiser, que os fãs não ligarão.
Hoje em dia, na atual cena roqueira, em que Skank, durante alguns levantou a bandeira de algo interessante/inteligente na música, vermos um álbum do calibre de Forevermore, é um alívio.
David Coverdale
Música a música:
Steal Your Heart Away – o álbum já começa com a energia certa; muitas guitarras e a voz escancarada de Coverdale. Rock n roll puro.
All Out Of Luck – mantém o ritmo do disco, com muitas guitarras e um som moderno.
Love Will Set You Free – falei até demais sobre essa, que pra mim, é o grande hit do álbum. Quando percebe, você está cantando junto.
Easier Said Than Done – a primeira balada. Pra pegar a pessoa amada e sair curtindo pela sala.
Tell Me How – muitas guitarras, uma voz mais rouca, e um meio-termo entre o hard e a balada. Uma música interessante.
revista que é parte integrante do álbum
I Need You [Shine A Light] – mantém o ritmo de Tell Me How. Com um pouco mais de guitarras.
One Of These Days – a segunda balada. Uma música convidativa, que começa no violão. E depois, segue o ritmo do romantismo em prosa, de Coverdale.
Love And Treat Me Right – a banda pisa no acelerador novamente, com um ritmo mais agitado.
Dogs In The Street – rock n roll na veia, com muitos solos, e um ritmo alucinante.
Fare Thee Well – a volta da rouquidão, com uma pegada mais leve. A terceira balada.
Whipping Boy Blues – um início com swing, e logo o rock impera, com a voz estridente de Coverdale.
My Evil Ways – um estilo mais clássico, lembrando um rock dos anos 70; pegada forte na bateria.
Forevermore – um épico! Pra entrar num álbum de melhores de todos os tempos. Sem exageros, é o ponto alto do disco.
Whipping Boy Blues [Swamp Mix] – versão com alguma mixagem da faixa 11.
[abaixo, saboreie Forevermore, a canção-título do álbum:]
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