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Foto do escritorVagner Francisco

O OSCAR PARA SANDRA BULLOCK E O QUE FRANK MILLER QUIS DIZER AO RASGAR AQUELA WIZARD


Sim, Frank Miller já rasgou uma Wizard americana. E em público. E é legal o seu discurso sobre o andamento do mercado de quadrinhos norte-americano. Isso aconteceu em 2001 e o site UniversoHQ noticiou o evento [clique aqui e leia a boa matéria].

Quer dizer, eu penso nisso. O que ele quis dizer com toda aquela conversa sobre Hollywood não ler quadrinhos e sim a Wizard – por isso eles não entendem nada de adapatações quadrinhísticas.

Porém, quando chegou a sua vez, Miller cometeu os mesmos [ou talvez até mais] erros que, por exemplo, Russell Mulcahy em O Sombra.

Eu não sei se é sempre assim com todos e em todas as situações, mas sempre podemos tentar fazer diferente. Miller não fez. Mas a verdade é que ele não faz nada de bom tem um certo tempo. E até algo que poderia-se chamar de bom, 300 de Esparta, tornou-se um filme chato e trampolim para Zack Snyder ser chamado de ‘visionário’ em sua produção seguinte, Watchmen.

Mas antes de se enveredar pela direção de cinema, Frank Miller fora convidado para roteirizar filmes. Após a recusa de Alan Moore, os produtores de RoboCop 2 convidaram Miller para o cargo de roteirista. O resultado foi razoável. Porém, Miller disse que a história que chegou ao público não fora a mesma que ele escreveu, pois houveram vários tratamentos e tal – e isso é bem normal em Hollywood.

Miller voltou para RoboCop 3 e o resultado foi pior ainda. Aí ele desistiu de vez.

Foi preciso um diretor do talento e persuasão de Robert Rodriguez [mais uma pequena sequência estrelada por Josh Hartnett encarnando um dos personagens] para que Miller aceitasse ver sua pérola, Sin City ir para os cinemas- a sequência que fora mostrada a Miller é aquela que abre o filme.


Agora, Miller cometeu The Spirit que, ao invés de homenagear seu velho amigo e mentor, Will Eisner, o fez a si mesmo, puxando a fogueira para sua sardinha.

Bem, provavelmente você já sabia disso tudo. Mas certas coisas não me entram na cabeça. Quer dizer, ele tinha todas as ferramentas à mão. Tinha o dinheiro, o maquinário, o elenco. Bastava fazer tudo do jeito certo e mostrar como que sempre deveria ter sido.

Será que se algum o mercado de quadrinhos brasileiro surgir, isso pode acontecer? Quer dize, o que mais se ouve é que tudo o que precisamos é de oportunidades. Se elas vierem, poderemos dar conta do recado?

Ou poderemos fazer como Sandra Bullock e marcar presença na festa do Oscar como uma das indicadas a melhor atriz, mesmo quando sabemos [e muito provavelmente até ela própria] que em qualquer lugar, em qualquer produção, independente do idioma, há atrizes muito melhores do que ela?


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Mas se ela chegou até lá é porque tem talento, certo? Provavelmente tenha. O grande detalhe é que até hoje eu não tenha visto.

Porém o mais legal é puxar uma conversa com qualquer mulher. Porque basta levar o assunto para o cinema. Aí, é só perguntar se ela já viu o último filme da Bullock. As chances dela ter visto são grandes. E caso não tenha visto, pode convidá-la sem medo. Ela aceitará. As mulheres são mesmo fãs dela.

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