Olá, tudo bem?
Hoje, eu estava visitando o blog de meu amigo, Vini Visentini e vi uma matéria interessante, que ele ressuscitou do extinto Bigorna \”Os 10 Melhores Gibis de Todos os Tempos\”, na opinião dele.
Achei muito legal isso e me lembrei que também participei dessa iniciativa do grande Márcio Baraldi.
Aqui, você confere o original, no próprio site do Bigorna.
E abaixo, eu reproduzo minha seleção.
Os Dez Melhores Gibis de Todos os Tempos
Por Vagner Francisco
1 – Alan Moore – conjunto da obra
Watchmen! V de Vingança! Miracleman! Liga Extraordinária! Do Inferno! Monstro do Pântano! A Piada Mortal! Só do roteirista inglês já dá quase uma lista de obras sensacionais. É difícil escolher uma preferida, mas com certeza Moore é o meu roteirista preferido de todos os tempos!
2 – Grant Morrison – conjunto da obra
Do grande Morrison, prefiro mais Homem-Animal e Os Invisíveis. Sei que ele produziu outras coisas muito legais, mas essas duas sagas são muito inovadoras e surpreendentes. Com Homem-Animal, ele mostrou que um super-herói pode ser adulto – e casado – sem perder a graça. E com Os Invisíveis, ele deu suporte para os irmãos Wachowski criarem o revolucionário filme The Matrix.
3 – The Boys – Garth Ennis
Essa série entra na minha lista porque é muito divertida! Garth Ennis tem um senso de humor único; corrosivo. Além de odiar super-heróis [e adorar sodomizá-los], ele brinca com a cultura pop. Até mesmo Schwarzenegger entrou na dança, ou melhor, na série, como o vice-Presidente americano, encarnando situações das quais fora \”vítima\” no passado, como gostar de bolinar jornalistas e tratar assistentes com truculência verbal.
4 – Poder Supremo – J. M. Straczinski
Nos anos 70, após o confronto entre Liga da Justiça e Vingadores não ter acontecido devido a um boicote do editor-chefe da DC, a Marvel criou sua própria Liga, com o nome de Esquadrão Supremo. O Esquadrão enfrentou os Vingadores, teve sua própria série – muito elogiada – e foi para o limbo. Quando criou a linha MAX, a Marvel então tratou de resgatar o Esquadrão, dessa vez vivendo no \”nosso\” universo real. J. M. Straczinski teceu então uma trama fantástica, tanto heróica quanto política e nos mostra de uma forma muito realista, como seria o mundo se o Super-Homem tivesse realmente vindo de Krypton e pousado no Kansas.
5 – Fritz the Cat – Robert Crumb
Fritz é um ícone! Robert Crumb criou um universo muito foda, encabeçado por esse gato preguiçoso, cheio de manhas e velhaco. Uma das minhas histórias preferidas é quando ele tem que ir ao setor de \”seguro-desemprego\” e olha para uma fila de cadeiras vazias. Lá na frente, há uma gata sentada. Ele observa, observa, e vai se sentar ao lado dela. Muito fantástico!
6 – Akira – Katsuhiro Otomo
Conheci o personagem primeiramente na animação longa-metragem. Assisti no cinema. Realmente fantástico o universo de Neotokio, criado por Katsuhiro Otomo. Só depois consegui ler a série em quadrinhos e perceber que esse universo é ainda melhor em mangá.
7 – Animal – vários autores
Grande revista essa editada no Brasil pela editora VHD Diffusion, nos anos 80. Continha muitas séries de primeira. A coleção \”Grandes Aventuras Animal\” também tinha muita coisa boa. Duas publicações que fazem falta nas bancas.
8 – Homem-Aranha vs. Duende Verde – vários autores
A saga culmina na morte de Gwen Stacy [hoje, eu não sei se ela ainda continua morta]. Mas até chegar a esse trágico momento, a tensão estabelecida entre Homem-Aranha/Duende e Peter Parker/Norman Osborn é muito bem amarrada. O ódio entre ambos, a guerra interna, psicológica… Harry Osborn, Mary Jane e Flash Thompson no meio desse furacão, alheios a tudo… são histórias de primeira! E acredito que nunca mais alguém acertará uma saga do Aracnídeo como essa!
9 – Cidade Cyber – Law Tissot
HQ nacional de vanguarda! Law criou uma cidade – a cidade da devassidão; a cidade da deusa; a cidade do deus-serpente – e nela jogou o protagonista, Anti-Címex. Ele então sofre perseguições, é escolhido pela deusa, se apaixona, levanta uma revolução, morre e retorna como um zumbi. No traço desse grande artista gaúcho, Cidade Cyber ganha contornos noir, com toques pessoais. Muito do que vemos ali, embora sejam metalinguagem, refletem o momento em que o artista vive. De primeira mesmo!
10 – Dreadstar – Jim Starlin
Vanth Dreadstar é um homem com um ideal. Queria botar fim a uma guerra milenar, entre a Igreja da Instrumentalidade e a Monarquia. Para isso, ele se uniu a pessoas com os mesmos ideais, criou um revolucionário fantoche, forjou alianças e meteu a mão na cara do grande – e até então intocável – vilão da história. Tudo porque ele fora escolhido por uma espada. Tal espada que lhe deu poderes fantásticos para por fim a uma guerra infindável. E pagou o preço por isso. Infelizmente, a saga completa da criação máxima de Jim Starlin não foi publicada no Brasil – só parte dela. Então, graças a blogs e sites de chamados \”scans\” é que conseguimos acompanhar o desenrolar dessa história única, que bebe da fonte da trilogia clássica de Star Wars.
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