Os quadrinhos sempre se fizeram presentes em minha casa. Sendo o mais novo de três irmãos, meu acesso às HQs se deu dessa maneira. A diferença é que, enquanto minha irmã e meu irmão curtiam Mônica e sua turma, eu era chegado nos super-heróis Marvel/DC.
Nessa época, início dos anos 80, apareceu na TV um campeão que se auto-intitulava o “homem mais poderoso do universo”. Estou falando de He-Man e os Mestres do Universo (na minha época era Defensores).
Não tinha quem não o defensor de Etérnia (mundo do herói) cujas aventuras, tornaram-no uma “febre” no Brasil.
Agora, mais de vinte anos depois, uma caixa em DVD contendo a primeira temporada das aventuras do herói, é lançada para deleite dos fãs e saudosistas. O preço estimado é de R$ 100,00.
Curiosamente, na semana passada, descobri que a TV Record estava exibindo os desenhos da segunda temporada. E foi interessante redescobrir aqueles personagens. Engraçado foi perceber o quanto um desenho animado tão bobo pôde agremiar tantos e tantas fãs. Num determinado episódio, Esqueleto (o supervilão da série, pra quem não sabe) consegue invadir o palácio real e tomar Etérnia de assalto apenas com a ajuda de um dinossauro (??). Porém, noutro, roteirizado por Paul Dini (mais conhecido pelas parcerias com Alex Ross nos álbuns da DC, Superman – Paz na Terra; Batman – Guerra ao Crime; Shazam! – O Poder da Esperança, entre outros), He-Man, ao cair numa armadilha de Esqueleto, tem sua memória roubada e é banido para uma outra realidade. Lá, ele presencia as agruras de um mundo em meio ao caos da poluição desmedida. Para uma produção de 1983 e direcionada às crianças, a história é corajosa.
Para finalizar, em 1988, He-Man e cia. ganharam uma versão em carne-e-osso. Estrelada por Dolph Lundgren (He-Man) e Frank Langella (Esqueleto) e com um visual que mais lembra Guerra nas Estrelas, a saga mostra o castelo de Grayskull cair nas mãos do arquivilão. O filme, apesar dos pesares, até que empolga de vez em quando. Particularmente, eu prefiro vê-lo 2000 vezes seguidas que encarar os longas do Motoqueiro Fantasma (e olhem que eu sou fã do Nicolas Cage) e Quarteto Fantástico 2 uma única. Mestres do Universo quase ganhou uma seqüência e isso só não aconteceu porque o “astro” da fita, Dolph Lundgren, não se empolgou em reprisar o papel. Pra não perder o que já havia sido escrito, o roteiro de Mestres 2 serviu de base para Cyborg – O Dragão do Futuro, filme estrelado por um Jean-Claude Van Damme em início de carreira. Já assisti a esse filme várias vezes e não consegui encontrar nenhuma ligação. Ainda no quase… quase que Mestres do Universo fora estrelado por Arnold Schwarzenegger. Na época em que tinha apenas os dois Conan e alguns outros pequenos filmes no curriculum, o astro austríaco se empolgou bastante quando assistiu ao desenho do herói de Etérnia pela primeira vez. Pena!
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