Pois é, mais artistas se vão, nos deixando esse gosto amargo de que o quadrinho brasileiro é uma utopia e no final das contas, tudo o que vai nos restar são algumas homenagens de amigos e/ou admiradores.
No caso de Eugenio Colonnese isso é bem pouco. O cara desenhava como ninguém; criou alguns dos personagens mais interessantes dos quadrinhos nacionais e era muito gente boa.
Mirza não era simplesmente uma personagem gostosa que atacava suas vítimas. Era uma lenda; quem leu os especiais que as editoras Escala e Opera Graphica lançaram, sabe do que eu estou falando. Excepcional desenho e ótimos roteiros de Luiz Meri.
Lembro de uma história que fora pu
blicada na Metal Pesado # 1, chamada Mirza 3000 (acho, não tenho absoluta certeza), onde há um clima muito cool que lembrava Alien O Oitavo Passageiro, com Mirza rumando para a Terra. A HQ ficou perfeita para a proposta da revista.
Outro cara que também se foi, mas não era do nosso ramo dos quadrinhos, mas eu era fã é Bernie Mac. Ele não era um astro do cinema nem nada, mas se destacava nas produções que atuava, com seu jeitão peculiar. Por exemplo, em O Pai da Noiva, ele consegue roubar o filme, deixando Ashton Kutcher com vergonha; na trilogia dos Homens e o Segredo, em meio a tantos astros como George Clooney, Brad Pitt, Matt Damon e Julia Riberts, o cara consegue aparecer naturalmente. Isso é sinal de talento. Infelizmente, mais um talento que nos deixa.
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