Você deve conhecer o guitarrista da cartola, inglês, de nome Saul Hudson, mais conhecido por Slash e se tornou ícone ao chegar ao topo do mundo na banda que outrora foi a “mais perigosa do planeta”.
Bom, lá por 1996 ele decidiu sair do Guns N Roses e seguir com sua vida. Motivos, segundo ele, foram inúmeros: “Axl Rose mantinha a banda em rédea-curta”; “Axl nunca valorizava as músicas que ele, Slash, criava”; “Axl demitiu o baterista original da banda, Steven Adler”; “Izzy Stradlin, aborrecido por Adler ter sido demitido sair da banda”; enfim— a coisa foi grande.
Até aí, tudo bem. A vida seguiu, a formação mais famosa e vencedora do Guns N Roses se dissipou e mesmo assim Axl prometia um novo álbum.
Em 2008, finalmente Chinese Democracy saiu.
Nesse meio tempo, Slash lançou o seu Snakepit – dois albuns com duas formações diferentes e recepções [do público] distintas. Depois um outro projeto chamado Blues Ball. Em 2004, ele e alguns colegas oriundos do Guns montaram o Velvet Revolver, a superbanda que lançou dois álbuns, chacoalhou um pouco o mundo da música, e saiu de cena com a demissão do vocalista Scott Weilland.
Em 2010, Slash decidiu seguir em carreira-solo e, a exemplo de Carlos Santana, lançou um álbum com artistas e vocalistas convidados – entre eles, Chris Cornell, Ozzy Osbourne e Fergie chamado simplesmente Slash. O resultado foi bem médio – talvez o ponto alto seja uma nova versão de Paradise City na voz de Fergie e Cypress-Hill.
Dois anos depois, após uma bem-sucedida turnê com Myles Kennedy no vocal, Slash voltou com Apocalyptic Love. Dessa vez com apenas Kennedy cantando e uma banda de apoio em todas as canções. Isso fez um grande bem ao álbum pois o deixou orgânico e homogêneo. Apocalyptic Love foi legal, mas ainda não era aquilo tudo.
No último 15 de setembro, então, fora lançado World On Fire. Slash + Myles Kennedy e a banda de apoio The Conspirators.
Um petardo do mais puro rock n roll. A faixa-título que abre o álbum é sensacional, e deixa todo mundo animado. E assim se segue por todas as outras dezesseis faixas. Claro que você vai encontrar uma ou outra que te atrai mais. Eu mesmo botei fé no álbum ao ouvir 30 Years To Life e me viciar nela. Depois veio Bent To fly. E assim foi até chegar à faixa-título.
Enfim, com o resultado de World On Fire, Slash pode se dar por satisfeito. Ele não precisa mais do Guns N Roses; não precisa mais do Snakepit, nem do Blues Ball, e muito menos do Velvet Revolver – que a essa altura do campeonato eu acho muito difícil a banda voltar [só se Duff Mckagan começar a passar fome]. Slash só precisa manter a banda em atividade; pagar a todos em dia e seguir com a vida.
Eu não me sinto mal ao pensar em curtir um novo algum dessa turma a cada dois anos pelos próximos, sei lá, vinte.
É rock.
Tem qualidade.
Faz teu sangue correr com mais fluidez.
E te passa aquela sensação gostosa de que seu som preferido ainda é o melhor!
Abraço!
Comments