Você bem sabe que a edição # 9 de X-treme X-Men, lançada no último dia 15, nos EUA, contém uma cena no mínimo bombástica para os fãs de Wolverine.
Estou falando do beijo gay [com direito a mão na coxa] entre o mutante canadense e o semideus, Hércules.
Antes de mais nada, é preciso dizer que X-Treme X-Men é uma das revistas menos vendidas, do universo “X”, e ela será cancelada no número 10 – seu roteirista, inclusive, já está trabalhando noutra editora.
A meu ver, porque eu não li a edição, o que a Marvel quis fazer foi criar uma certa polêmica, chamar um pouco a mídia, enfim, um ato desesperado para vender um pouquinho a mais de exemplares de uma revista moribunda.
Nada demais.
Tal beijo vai mudar o personagem? Não, porque ele é de uma realidade alternativa.
A grande questão, de todo mundo se espantar com um fato tão polêmico, é que se esquecem que a Marvel é uma editora comercial. E para ganhar dinheiro, é preciso vender. E para vender, é preciso chamar os clientes, os leitores. E como melhor chamá-los senão criando histórias polêmicas?
Não foi assim com o fim do casamento do Homem-Aranha?
Com a morte do Capitão América?
Agora é um Wolverine [de outra realidade, por enquanto] gay.
Mas se as vendas forem interessantes, não se iluda achando que a Marvel não faria isso. Porque ela faria, sim. É comércio, capitalismo, há uma disputa de poder [comercial, ideológico e editorial em jogo].
E ninguém quer sair derrotado dessa.
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