Nunca assisti a um filme de Quentin Tarantino no cinema. Tinha planos de isso acontecer agora, com Bastados Inglórios.
Afinal de contas, depois do épico Kill Bill, não tinha como Tarantino fazer um filme ruim. A chance era mínima. Até porque ele dizia que esse roteiro o perseguia há doze anos. Era a sua história dos sonhos e tal.
Pois bem.
Assisti ontem a Bastardos Inglórios.
E quão grande não foi minha decepção…
Assista abaixo o trailer.
Assistiu? Ok. Achou interessante, né? Legal. Porque o trailer é muito bem feito. E te digo mais: o trailer mostra as melhores partes de Bastardos Inglórios. Mas o trailer também tem apenas dois minutos e vinte e dois segundos. O que poderíamos incluir aqui? A cena que abre o filme. Fantástica, com o oficial nazista, famoso pela alcunha de Caçador de Judeus, ele entra num jogo de palavras com um camponês francês que realmente empolga.
Fora isso, uma história arrastada se toma forma. Os Bastardos são vistos como um grupo de super-herois – estilo os Wild C.A.T.s, quando foram escritos por Scott Lobdell – e realmente para líder de um grupo tão casca-grossa, Brad Pitt não faz absolutamente nada. Nada! É um pateta, numa interpretação que tenta ser cômica, mas não passa de canastrice pura. Posso dizer seguramente que ele é o pior ator no elenco.
Aliás, esse é o grande ponto baixo de Bastardos Inglórios: os personagens são rasos, não têm uma história que os segure e salvo uma ou outra interpretação interessante [como o Caçador de Judeus, vivido com talento por Christoph Waltz, ou General Ed Fenech, muito bem encarnado por um irreconhecível Mike Myers], nada ali se segura.
Quantin Tarantino, parece-me ficou preso à sua essência de cineasta com estilo, que não precisa entregar uma boa história, apenas revoluções técnicas e infindáveis diálogos.
O final, apesar de muito bem filmado, é previsível. Já o epílogo é chato e totalmente anticlímax.
Pra mim é o pior filme da carreira de Quentin Tarantino, embora os números mostrem que o lucro foi grande, assim como seu orçamento.
コメント