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SPECTREMAN, RETORNE A SEU TAMANHO NORMAL

  • Foto do escritor: Vagner Francisco
    Vagner Francisco
  • 27 de set. de 2010
  • 2 min de leitura

É difícil pensar em meus heróis da infância e não lembrar do andróide espacial que combatia o cientista-símio-maluco, Dr. Gori, e seu assecla, Karas.

Ao proferir as palavras “Dominantes, às ordens!”, o jovem Kenji se transformava na esperança da Terra contra a poluição. Isso mesmo. Os monstros que o herói enfrentava eram construídos a partir do lixo que nós humanos expelíamos (poderia ser uma irônica “vingança da natureza”? Quem sabe?).

A série Spectreman porém era muito mais que um apelo ecológico (algo até a frente de seu tempo, se pensarmos que o seriado fora criado nos anos 70). O personagem, apesar dos poderes e da bravura, tinha limitações. Nem sempre vencia seus algozes em apenas um confronto. Na maioria das vezes, era preciso se engalfinhar duas vezes com os monstros que ameaçavam a Terra para sagrar-se vencedor.

Além disso, Spectreman falava (coisa que o mudo do Ultraman jamais fez) enquanto estava de máscara!

E, como o civil Kenji, tinha um emprego, amigos e até um interesse romântico – que não chegou a evoluir muito. Enfim, um homem normal. Isso gerava uma empatia muito grande com o público.

Os melhores episódios (ao menos na opinião deste que escreve) são os que ele perde a visão e precisa aprender com um menino, também cego, a empregar os demais sentidos para vencer uma grande ameaça.

Num outro, surge a “Operação Genocídio”, onde os vilões cometem suicídio. Mesma saída a que recorre o arquivilão da saga, Dr. Gori, no último episódio. Ao se ver acossado pelo herói, ele resolve dar cabo da própria vida a ser julgado por algum tribunal interespacial. Algo forte, se levada em conta a faixa etária à qual o seriado era (é) dirigido.


Porém, o melhor capítulo de todos não tinha o cientista mímico. E sim, dois irmãos, com sede de vingança pelo Spectreman ter matado o pai deles – um contrabandista espacial – no passado.

Eles convencem um mercenário-cowboy, chamado Meteoro, a dar cabo do herói de forma traiçoeira, enquanto eles o entretém. Mas graças à fascinação de um garoto pelo herói andróide, Meteoro percebe que um sujeito honrado não poderia morrer daquela maneira e acaba lhe desafiando para um duelo, como nos melhores filmes de bang-bang.


No Brasil, o seriado fora exibido à exaustão, pelo SBT. Porém, não por completo. Mas é possível encontrar em sites de e-comerce, a série toda, em DVDs de fãs.

E caso você ainda não conheça a saga deste herói cósmico, corra atrás, pois vale a pena relembrar um tempo em que “apenas” a poluição nos ameaçava.

 
 
 

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