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Em 1986, o mundo do cinema foi invadido por um longa sobre aviões que freiam, disputa entre pilotos e uma trilha sonora que embalou multidões.
É possível que nem mesmo a banda, Berlin, estivesse preparada para o sucesso de Take my Breath Away; tanto que nunca mais conseguiu outro êxito.
Claro que as coisas não foram tão simples quanto parecem: um jovem Tom Cruise que saía de um filme excelente, mas muito criticado - A Lenda, dirigido por Ridley Scott, total fracasso - e ainda não era sequer um astro. Mas já dava palpites.
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O enredo de Top Gun - Ases Indomáveis mudou bastante desde a entrada de Cruise, sugerindo mudanças e conseguindo maior profundidade à trama, se é que podemos dizer isso.
Foi de Cruise a ideia da personagem de Kelly McGillis, Charlotte "Charlie", ser instrutora de voo e assim, por conseguinte, ficar interessada no piloto por ele ter se aproximado de um "avião inimigo".
O roteiro original mostrava uma bailarina que nada tinha a ver com a Marinha, como interesse amoroso do impetuoso, Pete Mitchell, o Maverick.
Agora, com Top Gun 2, 36 anos depois, o velho Cruise pode fazer o que quiser. Ou como disse o produtor, Jerry Bruckheimer, "ninguém diz não a Tom".
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E, se em 1986, a ideia de se envolver com uma mulher mais velha era muito vigorosa, agora seria brochante e por isso, o grande interesse do jovem Maverick saiu da estrada e foi preciso vir um novo, uma mulher mais nova, interpretada pela maravilhosa Jennifer Connelly.
E Kelly McGillis?
Segundo a mesma, nem chegou um convite para voltar; afinal, ela tem 64 anos. Imagine, uma mulher de 64 anos fazendo um par romântico com o quase sessentão Cruise--- seria uma blasfêmia!
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Kelly justifica a sua ausência com a própria realidade; ela tem o biotipo de uma mulher de sua idade, o que e é um contraponto a Hollywood, onde a juventude parece ser eterna.
A atriz, ao contrário de Cruise, não conseguiu obter uma carreira vtoriosa como a grande estrela que foi em 1986. Antes de Top Gun, ela havia contracenado com Harrison Ford em A Testemunha - o que a gabaritou para interpretar Charlie.
E suas escolhas pós-Top Gun também foram díspares em relação a blockbusters, protagonizando filmes como Pesadelo na Rua Carroll e Terra da Esperança; em Acusados, ela recebeu o convite para interpretar Sarah Tobias, vítima de um estupro coletivo; no entanto, ela optou pelo papel da advogada de Sarah, Kathryn Murphy. Sarah então foi para Jodie Foster, que levou também um Oscar para casa.
A partir daí, escolhas erradas em filmes menores fizeram Kelly se afastar do grande público e, talvez seu último sopro de estrela foi em Sedução, a adaptação de uma obra de Elmore Leonard, dirigida por Abel Ferrara.
Alguns personagens coadjuvantes, um reencontro com Val Kilmer, quando interpreta a irmã deste, em À Primeira Vista, e a outrora estrela foi desaparecendo.
Kilmer percorreu um caminho parecido, porém, seu gênio explosivo e um câncer de garganta o tiraram da carreira.
Todavia, Cruise brigou para que ele estivesse em Top Gun 2, já McGillis, ele deixou para o diretor/roteirista descascar o abacaxi: eles não queriam todos os personagens do primeiro filme de volta.
Agora, o personagem que deveria participar de Top Gun 2, é o Topper Harley de Charlie Sheen.
Não, ele não estava em Top Gun, de 1986, mas em Top Gang!, de 1991, uma sátira ao filme, com resquícios de outros também.
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Topper é um Maverick mais engraçado. E até mesmo mais despido de qualquer carcaça de personagem infalível.
Topper e Maverick vivem num multiverso onde ambos são uma contraparte do outro, porém o mundo de Topper é mais verdadeiro; pois eles fazem algo que apenas George W. Bush materializou mais de 10 anos depois: se livrar de Saddam Husseim.
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Uma ponta - ou cena pós-crédito de Top Gun 2, onde Topper aparece faria tanto sentido quanto a aparição de Davi Dunn, de Bruce Willis, estrela de Corpo Fechado, em Fragmentado. Seria a vitória do público mais uma vez.
Lamentável que não veremos, mas Tom Cruise, que é amigo pessoal de Sheen na vida real, poderia ter feito a ponte.
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