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  • Foto do escritorVagner Francisco

VAGNERVERSICES | BALANCE É O TÍTULO IRÔNICO DO ÚLTIMO ÁLBUM DA ERA HAGAR EM VAN HALEN


Capa do vinil do último álbum da era Hagar em Van Halen

Balance foi o o décimo álbum de estúdio da extinta banda de rock, Van Halen, e quarto com Sammy Hagar em seus vocais; e também o último dessa formação.

Van Halen lançou seu primeiro álbum em 1978 com a seguinte formação: David-Lee Roth nos vocais; Michael Anthoy, no baixo; e os irmãos, Alex, na bateria, e Eddie Van Halen, na guitarra. Sim, o nome da banda veio do sobrenome holandês dos irmãos Van Halen. Em suma, eles eram os donos da banda. E foi exatamente esse fato que causou o fragmento da banda em 1984, quando Roth saiu para se lançar numa carreira-solo.


David-Lee Roth mantinha um estilo de vida e estendia isso até suas composições com o Van Halen - ou seja, mulheres, carros, apostas; basicamente um resumo da vida de Charlie Sheen.

Já Eddie Van Halen estava experimentando uma vida de recém-casado com a então queridinha da América, a atriz, Vallerie Bertinelly, pela sitcom, One Day at a Time. Eddie e Vallerie deram diversas entrevistas juntos e esse estilo garoto romântico de Eddie contrastava com a loucura de David-Lee Roth.


De qualquer maneira, o divórcio veio e ninguém ficou feliz: nem Roth, nem os irmãos Van Halen, nem o público.


A vida, porém, continua. E, um ano depois, a banda estava de volta com um novo vocalista: Sammy Hagar, que já tinha uma carreira sólida no rock, topou o desafio de substituir Roth.

E, claro, tudo mudou. Van Halen era uma nova banda em tudo: no estilo das músicas, nas letras e, inclusive no logo.


Três álbuns depois e, chegamos a Balance, que propunha o Equilíbrio aos fãs. Equiíbrio, este, que nunca existiu do lado de lá.

Balance foi o primeiro álbum a ser produzido com Eddie Van Halen relativamente sóbrio - nos outros ele estava completamente bêbado!

Reimaginação da capa de Balance, mostrando o cenário vivido por Eddie Van Halen e Sammy Hagar, em 1995

Foi também o processo doloroso de terminar um trabalho com um profissional--- com outro na cabeça! Sim, Eddie já sonhava com a volta de David-Lee Roth, a essa altura com a carreira-solo morta e enterrada.


E também foi o último êxito financeiro da banda.


Três anos depois, veio Van Halen III, com Gary Cherone como vocalista; e, em 2012, o último álbum da banda, com a volta oficial de Roth, mas dessa vez, sem Michael Anthony, A Different Kind of Thruth.


A meu ver, Balance é o mais subestimado álbum da banda, com uma vistosa turnê mundial que durou um ano e trouxe muitos hits naquela metade dos anos 90. Embora Can't Stop Lovin' You, hoje soe datada, na época, era uma das músicas mais pedidas nas rádios - lembre-se, em 1995, não havia Spotity.


Já contei aqui que salvei a festa de um amigo com essa música? Pois é; me orgulho dessa história:

um amigo decidiu fazer uma festa de aniversário. Na época, nós não tínhamos mais que 19 anos cada. Então, você pode conceber o nosso entusiasmo em estarmos numa festa cheia de garotas e podermos conversar com elas - lembre-se, em 1995, não havia Instragado, Tinder ou Zap.


Então, meu amigo chamou outro amigo para cuidar das músicas e ele botou One, do U2; Unforgiven, do Metallica, etc. Esses petardos, embora fossem petardos, eram canções obrigatórias e, de certa forma, já apresentavam sinais de cansaço. Então, o que o público fez? Foi conversar lá fora, deixando o salão vazio.


O anfitrião me chamou e externou sua tristeza por causa disso: então, fui procurar um repertório de músicas que poderia trazer de volta os convidados.


E qual seria o hit capaz de tal tarefa? Can't Stop Lovin' You é claro!


Quando olho, até o aniversariante está pulando no meio da galera. É claro que Van Halen dominou a noite, não tinha como ser diferente!


Voltando ao Balance, Don't Tell Me, Aftershock, a balada - coisa rara da banda - Not Enought, Take me Back e Feelin' formam uma maioria satisfatória de canções que deixam um legado.


Como Eddie Van Halen falou uma vez: "Nós sempre fomos fiéis a nós mesmos e fizemos a melhor música possível que podemos fazer. Uma boa música é atemporal. Não importa se está na moda agora ou não. Se uma música é boa e faz você sentir algo, é isso."


E, nesse ponto, eles foram eficazes em sua proposta. Entregaram um grande álbum e fecharam um ciclo, com Sammy Hagar, de uma forma a deixar saudade nos fãs.


Já Sammy Hagar, anos depois - mais especificamente, 2016 - acabou comentando sobre a produção e o que Balance deixou como história: "Esse disco tem o efeito de comédia e tragédia. Você sabe, a faca de dois gumes; o bem e o mal. Eu acho que é um dos discos mais emotivos e performance vocal liricamente e tudo o mais que eu já fiz na minha vida, lá em cima [...] por ser praticamente uma declaração de onde eu estava naquele momento da minha vida, mas não realmente em um ótimo lugar. Esse foi o fim para o Van Halen. Eu sabia disso. Todos nós sabíamos disso dentro dos círculos internos e era uma coisa meio dolorosa. Eddie e eu não estávamos nos dando bem. Deus abençoe Bruce Fairbairn por produzir esse disco e espremer para fora de nós."



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