Estava eu, hoje, pós-feriado, zapeando no YouTube e, descubro que a seleção da CBF empatou contra a Venezuela por 1 a 1.
Fico sabendo também que o gol de empate do time venezuelano aconteceu através de uma puxeta, do jogador chamado Bello, em meio a uma sacola cheia de defensores canarinhos. Tá, mas e o dinizismo?
Pois é, os caras da ESPN estavam meio que depenando o proprietário dessa filosofia e justamente por isso que eu pensei noutra coisa quando me deparei com esse comentário:
Porque, se o dono do comentário encontrou essa pérola enquanto assistia ao programa que estava no calor da emoção, deixando bem claras as suas intenções quanto a Fernando Diniz e suas táticas invencíveis, bem, é coisa de gênio.
Então, assisti ao video com maior atenção e imaginei que poderia ser algo que foi dito: "Diniz poderia assimilar aquilo que os atletas fazem em seus respectivos clubes para quando entrarem em campo com a amarelinha, fica mais fácil." Ou ainda: "Treinadores da amarelinha geralmente inventam posicionamentos para jogadores e isso impacta no campo." E faz sentido, uma vez que o atleta treina todos os dias e joga semanalmente numa determinada posição. Aí quando chega na seleção, ele se vê obrigado a fazer outra tarefa. De fato, é complicado.
Muricy Ramalho uma vez falou que o bom treinador é aquele que consegue encaixar os jogadores em suas respectivas posições preferidas, pois assim extrairia o melhor de cada um.
Pois bem, mas não era disso que o poeta do comentário acima se referia.
Não sei exatamente o porquê, mas imaginava que "jogar pipoca no pipoqueiro" poderia ser a imprensa, que tanto exalta Fernando Diniz - e, com certa razão - se voltando contra ele nesse momento de ápice em sua carreira - afinal de contas, além de ser treinador da seleção, Diniz levou seu time, o Fluminense, à final da Libertadores de 2023!
Ou então, poderia ser a torcida protestando contra a CBF, pedindo Dunga de volta, ou algo do gênero.
Eu jamais pude imaginar que uma situação tão hipoteticamente considerável de fato se realizou.
E, não, não estou aqui apoiando qualquer ato de rebeldia contra a CBF e seu histórico nefasto; não. Se pudesse apoiar algum movimento seria o de fazer aquilo que eu já faço há muito tempo: não assistir aos jogos do Brasil.
Entretanto, se você insiste nessa experiência grotesca, seja feliz.
Como eu disse, não assisto a esses jogos e justamente por isso não teria como eu saber que o comentário lá acima não se tratava do programa da ESPN, mas sim do ocorrido no próprio jogo.
Assim, enquanto eu imaginava algo na linha filosófico-figurativo, o que ocorreu foi ao contrário, no sentido totalmente literal!
Sim, porquê--- quando atos do gênero acontecem, isso se torna uma aula de linguagem denotativa versus conotativa:
Agora, se você me perguntar que atos do gênero deveriam ser frequentes, eu lhe respondo negativamente e se há algo ao qual o ex-menino Ney deveria receber era a solidez de um banco de reservas. Não devido à sua qualidade técnica como atleta - coisa que ele já comprovou ter - mas sim como ato de sobrevivência a um grupo. Pois o que vemos desde 2014 é: Neymar é fundamental à seleção da CBF!
Guardadas as devidas proporções, a seleção venceu a Copa de 1962 sem Pelé! Repito, estou falando de Pelé!
A Copa de 1986 foi marcante para Zico, embora ele estivesse duramente contundido e com isso entrava durante os jogos. Mesmo assim, com a seleção caindo frente a uma França, de Michel Platini, nas quartas de final, nos pênaltis! Em quais etapas o Brasil de Neymar e Tite caíram em 2022 e 2018? Nas mesmas quartas de final! E, mesmo assim, não havia essa idolatria toda, tanto em relação ao Pelé, quanto em relação a Zico.
Sou adepto do seguir em frente. Viúva no futebol, apenas aquelas que o são de forma literal, não figurada.
Comments