Finalmente eu assisti a Venom, filme de 2018, estrelado por Tom Hardy e Michelle Williams e dirigido por Ruben Fleischer, de Zumbilândia e Funny or Die.
Venom conta a história de Eddie Brock, um jornalista confrontador que, ao tentar desqualificar as experiências de um eugenista travestido de visionário, faz uso de todo e qualquer recurso à sua disposição.
O problema é que essa ânsia por verdade acaba botando em cheque o seu noivado, seu emprego e até mesmo sua identidade.
Quebrado, Brock passa os dias se autoflagelando; até receber a visita de uma cientista que lhe pede ajuda porque o visionário está passando dos limites da segurança mundial.
Junte isso ao fato de o astronauta John Jameson ter voltado à Terra com algum tipo de “parasita”, numa alusão a Homem-Aranha 3 e temos o cenário perfeito para Venom.
E sim, Brock acaba se fundindo ao simbionte, criando o anti-heroi numa relação Jerkill-Hide de certa forma bem-humorada.
Além disso, fica claro que há um planeta coalhado de simbiontes, sedentos por carne humana – ou qualquer outro tipo de carne.
E pensar que tudo começou com um uniforme criado no mundo de batalha de Guerras Secretas em 1985.
O ponto fraco de Venom é, sem dúvida alguma, os efeitos visuais – na maior parte do tempo, fica evidente que aquilo que está se mexendo é um desenho. As transformações também lembraram bastante o fraquíssimo Van Helsing, filme que Hugh Jackman e Kate Beckinsale gostariam de esquecer.
E o forte? Tom Hardy! É incrível a composição do Eddie Brock pós-possessão que ele cria; muda tudo, sua voz, seu jeito, a postura. Hardy mostra-se um excelente ator, se equilibrando numa espécie de drama e humor. Michelle Williams também esbanja talento, mesmo com um papel um pouco menor. E faltou à produção um pouco mais de capricho ao visual da atriz; ela poderia ter ficado mais bonita.
No entanto, há um belo fan service quando Anna, a personagem de Michelle, se funde ao simbionte, surgindo assim a She-Venom, personagem que nasceu nos quadrinhos. O destino da advogada Anne, nas HQs, ao menos, foi trágico.
O vilão, interpretado por Riz Ahmed, é qualquer coisa, um veiculo para que a trama se desenvolvesse daquela maneira.
Agora Venom mostrou um posicionamento profético de Avi Arad – que é produtor do filme, e também dos cinco Homens-Aranha da Sony: o público gosta do personagem. Para você ter uma ideia, o personagem sozinho, na raça, sem sequer uma aranha por perto, entrou no Top 7 das maiores bilheterias de 2018, ficando à frente de Deadpool 2, que além de ter uma legião de fãs, ser um sucesso e ainda contava com o Cable em miniatura.
A bilheteria total de Venom fechou em 856 milhões de dólares, ficando à frente de blockbusters como Missão Impossível 6, Homem-Formiga e a Vespa, Jogador Nº1, WiFi Ralph e Bumblebee. Não é pouca coisa!
Bom, Venom 2 já é uma realidade e o astro quer um terceiro longa, inclusive com um crossover com um certo Peter Parker – ainda mais agora que o personagem faz parte do MCU.
Temos ainda a estreia de Morbius, que deve chegar aos cinemas--- algum dia.
A Sony ainda sonhava com um filme do Sexteto Sinistro, escrito e dirigido por Drew Goddard, criador da série do Demolidor, da Netflix.
Dr. Octopus, Elektro, Duende Verde estão confirmados em Homem-Aranha sem Volta para Casa. Já há o Mysterio que apareceu no filme anterior. É possível que Homem-Areia, de Homem-Aranha 3, ou Lagarto, de Espetacular Homem-Aranha também deem as caras no próximo filme do cabeça-de-teia que chega aos cinemas em dezembro.
Sendo assim, o Sexteto estará a postos.
Mas, e se a Sony quiser lançar novos filmes de vilões do Aranha? Surgiram rumores de Keanu Reeves encarnar o Kraven O Caçador. Depois, Aaron-Taylor Johnson, o Mercúrio de Vingadores: Era de Ultron, foi confirmado no papel.
No entanto, a galeria de vilões do Homem-Aranha é extensa e pode vir mais coisa por aí. Nós listamos então cinco personagens que poderiam ganhar filmes pela Sony nos próximos anos.
Vamos lá:
Gata Negra – Felicia Hardy
O alterego da personagem já apareceu em Espetacular Homem-Aranha 2, na pele da atriz, Felicity Jones. A Sony tinha uma ideia em colocar num único filme a Gata Negra em parceria com a mercenária Silver Sable. No entanto, a proposta não chegou a lugar algum.
Nos quadrinhos, Gata Negra teve um relacionamento com o Homem-Aranha, mas não era chegada em Peter Parker [?] e inclusive namorou Flash Thompson quando o aracnídeo já estava casado com Mary Jane.
Felícia Hardy é filha do Gato Negro original, um ladrão que acabou morrendo; com isso ela assumiu o manto e o legado do pai, transformando-se numa ladra. Quando se envolveu com o Aranha, Felicia se regenerou: ela tem o poder de causar azar a quem cruza com ela.
Num suposto filme, a Gata Negra poderia encarar os gangsteres de Nova York, como o Lápide, por exemplo, e ainda, a reboque, ter outros coadjuvantes, como Gatuno – que seria o tio do Miles Morales – e até mesmo o Rosa.
E por falar em Rosa---
O misterioso filho de Wilson Fisk, Richard, viveu a maior parte da vida na Suíça. Quando soube o que o pai havia se tornado, Richard forjou a própria morte para depois ressurgir como O Rosa, um gângster com uma máscara rosa e uma flor na lapela. O Rosa deu dor de cabeça a muita gente e inclusive arquitetou uma sangrenta guerra de gangues que deixou Nova York sitiada e muitos heróis urbanos se uniram para tentar resolver a situação: Homem-Aranha, Falcão, Nômade, Justiceiro, Demolidor, entre outros.
Nesse caso, Sony/Marvel poderiam matar vários coelhos com uma cacetada: trazer de volta Vincent D’Onofrio como Fisk e ainda criar um thriller no melhor estilo Fogo contra Fogo.
Aranha Escarlate, Chacal e Gwen Stacy
Aqui já dá um filme só: poderíamos inclusive ter as voltas de Andrew Garfield e Emma Stone, porém como clones de Peter Parker e Gwen Stacy, o que, por si só, já seria uma brincadeira bastante divertida.
O Chacal, que na verdade é o professor Miles Warren, apaixonadíssimo por Gwen e por isso cria diversos clones da moça, deixando a todos – o clone, inclusive – perdidos.
Essa loucura toda poderia ser bem uma espécie de Espetacular Homem-Aranha 3: Ataque dos Clones [eheh].
Duende Macabro
Esse talvez seja o mais difícil de sair do papel porque, originalmente o alterego de Macabro era um bandido com vontade de ser grande. Ele inclusive peitou tanto o Rei do Crime quanto o Rosa e com essa interligação toda poderíamos ver um universo expandido funcionando muito bem. Utilizando as idéias de seu criador, Roger Stern, Duende Macabro, um homem misterioso que consegue acesso aos arquivos secretos de Norman Osborn quando este, supostamente morre em batalha contra o Homem-Aranha. Ele busca conseguir duplicar uma espécie de soro que dá força ampliada e um certo fator-de-cura. Duende Macabro, ao contrário do Verde, tem interesse em dominar Nova York e fazê-la se render a ele.
A história tem todos os ingredientes para um filme de ascensão ao poder. E, sim, poderia ter como opositor ao vilão, James Franco – em baixa após denuncias de assédio – de volta ao papel de Harry. Ou até mesmo o próprio Homem-Aranha de Tom Holland. Ah, claro, o Duende Demônio, Jason Macendale também tem que dar as caras no filme.
Sindicato
É uma equipe formada por versões femininas de alguns dos vilões do Aracnídeo, a maioria delas, ex-mulheres dos bandidos ou mesmos groupies deles. Dra. Octopus, Besoura, Coelha Branca, Electra, Escorpiã e Ardilosa. A equipe foi criada por Nick Spencer, o que já denota total falta de criatividade. Então, poderíamos utilizar a idéia do grupo, mas escolher melhor os personagens: podemos manter a Coelha Branca, uma maluca que surgiu antes da Harley Queen, como líder; depois:
Cardíaca – versão feminina do médico cardiologista que usa um uniforme para ajudar as pessoas. Acabou saindo no braço com o Aranha porque o aracnídeo ficou meio cabreiro com ele.
Chance – versão feminina de um mercenário que utiliza uma espécie de jato-propulsor para vencer suas apostas. Chance não rouba, não mata; apenas aposta e, se perder se vê na obrigação de pagar.
Shriek – essa foi criada feminina mesmo e teve um caso com o Carnificina; o que poderia atrair uma aparição de Woody Harrelson ao filme.
A Puma, uma bilionária, nativa, que poderia financiar o Sindicato. Versão feminina de Fireheart, homem-rico e herdeiro de poderes felinos quando se torna o Puma.
Tarântula Negra – versão feminina de um bandido argentino obscuro, cujos poderes são misteriosos. Ou seja, muito espaço para desenvolver o personagem.
Fonte: Collider, CBR, Jamesons
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