Há quase 20 anos, eu estava publicando com frequência num fanzine, chamado Areia Hostil.
"Um cara chamado Val" estreou em AH #5 - uma HQ que já havia sido publicada no Jornal de Londrina, em 2001.
"Numa Sala Lotada", publicada em AH #6, foi produzida exclusivamente para o fanzine.
Em AH #10, a Revolução chegou.
Eu buscava fazer barulho, numa revista que já tinha sua cota de barulhentos. E Revolução parecia ser o tema perfeito: Val vai parar numa espécie de Limbo de personagens dos quadrinhos, cujas continuidades haviam sido paralisadas.
Obviamente que o Cara não aceitaria sua situação de forma tranquila; então, ele tratou de chacoalhar um pouco o ambiente, até que os personagens decidiram segui-lo para fora dali.
Mas havia um problema [sempre há, certo?]: um capataz, chamado Zelador, de chicote em riste, estava pronto para levar todo mundo de volta e à base de cascudos.
A saga tomou as edições 10 a 13 de Areia Hostil, com uma série em 4 capítulos.
Ao fim de Revolução, tanto Val quanto eu nos despedimos do fanzine.
Mas o intuito não era apenas uma despedida: minha filha havia acabado de nascer, eu me dedicava muito às HQs e queria dar uma parada.
Todavia, quando estava prestes a sair, acabei pensando numa outra história - que acabou não saindo, então as coisas ficaram dessa maneira mesmo.
AH foi cancelada na edição #15 e há um roteiro meu para uma HQ de Wild, criação de Carlo Diego, mas eu havia escrito um tempo antes.
Voltando a Revolução, alguns anos depois, decidi lançar Val em seu próprio fanzine; assim a saga fora publicada novamente em Val #2, agora com um final adicional.
Eu acreditava que precisava dar uma conclusão maior à história.
Se as quatro partes foram ilustradas por Toni Francis, o epílogo fora desenhado por Paulo Sbragi.
Anos mais tarde, um final alternativo, ilustrado por Adriano Sapão também ganhou vida.
E todas essas tramas estão contidas na edição que acaba de chegar em Vagnerverso.
Aproveite!
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